601 Os animais seguem uma lei progressiva, como os homens?
– Sim, por isso, nos mundos superiores, onde os homens são mais
avançados, os animais também o são, tendo meios de comunicação mais
desenvolvidos; mas são sempre inferiores e submissos ao homem, são
para ele servidores inteligentes.
G Não há nada de extraordinário nisso. Imaginemos nossos animais,
os mais inteligentes, o cão, o elefante, o cavalo, com uma conformação
apropriada aos trabalhos manuais. Que não poderiam fazer sob a direção
do homem?
602 Os animais progridem, como o homem, pela ação de sua
vontade ou pela força das coisas?
– Pela força das coisas; é por isso que para eles não há expiação.
603 Nos mundos superiores, os animais conhecem Deus?
– Não; para eles o homem é um deus, como antigamente os Espíritos
foram deuses para os homens.
604 Os animais, mesmo os aperfeiçoados nos mundos superiores,
são sempre inferiores ao homem. Isso significa que Deus teria criado
seres intelectuais perpetuamente destinados à inferioridade, o que
parece estar em desacordo com a unidade de vistas e de progresso
que se distingue em todas as suas obras.
– Tudo se encaixa na natureza pelos laços que não podeis ainda compreender,
e as coisas mais desiguais na aparência têm pontos de contato
que o homem nunca chegará a compreender na sua condição atual. Ele
pode entrevê-los pelo esforço de sua inteligência, mas somente quando
essa inteligência tiver adquirido todo desenvolvimento e estiver livre dos
preconceitos do orgulho e da ignorância é que poderá ver claramente na
obra de Deus. Enquanto isso não acontece, suas idéias limitadas lhe fazem
ver as coisas sob um ponto de vista mesquinho e restrito. Sabei bem
que Deus não pode se contradizer e que tudo, na natureza, se harmoniza
pelas leis gerais que nunca se afastam da sublime sabedoria do Criador.
604 a A inteligência é, assim, uma propriedade comum, um ponto
de contato entre a alma dos animais e a do homem?
– Sim, mas os animais têm apenas a inteligência da vida material; para
o homem, a inteligência produz a manifestação da vida moral.
605 Se considerássemos todos os pontos de contato entre o homem
e os animais, não poderíamos deduzir que o homem possui duas
almas: a alma animal e a alma espírita e que, se não tivesse essa
última, poderia viver como o animal? De outro modo, pode-se considerar
que o animal é um ser semelhante ao homem, tendo menos
alma espírita? Isso não significaria que os bons e os maus instintos
do homem seriam o efeito da predominância de uma dessas duas
almas?
– Não. O homem não tem duas almas; mas os corpos têm instintos
que são o resultado da sensação dos órgãos. Há nele apenas uma dupla
natureza: a natureza animal e a natureza espiritual. Pelo seu corpo, participa
da natureza dos animais e seus instintos; pela sua alma, participa da
natureza dos Espíritos.
605 a Assim, além de suas próprias imperfeições, das quais o
Espírito deve se despojar, o homem tem ainda que lutar contra a influência
da matéria?
– Sim, quanto mais é inferior mais os laços entre o Espírito e a matéria
são unidos; não o vedes? O homem não tem duas almas; a alma é sempre
única em cada ser. A alma do animal e a do homem são distintas uma da
outra, de modo que a alma de um não pode animar o corpo criado para a
outra. Mas, ainda que o homem não tenha alma animal que, por suas paixões,
o nivele aos animais, tem o corpo que muitas vezes o rebaixa a eles,
porque seu corpo é um ser dotado de vitalidade, que tem instintos, porém
ininteligentes e limitados ao cuidado de sua conservação.
606 De onde os animais tiram o princípio inteligente que constitui
a espécie particular de alma, da qual são dotados?
– Do elemento inteligente universal.
606 a A inteligência do homem e a dos animais vêm de um princípio
único?
– Sem dúvida. Mas no homem ela recebeu uma elaboração que o
eleva acima do animal.
607 Foi dito que a alma do homem, em sua origem, está no estado
semelhante ao da infância da vida corporal, que sua inteligência apenas
desabrocha e ela ensaia para a vida. (Veja a questão 190.) Onde
o Espírito cumpre essa primeira fase?
– Em uma série de existências anteriores ao período que chamais
humanidade.
607 a Assim, pode-se considerar que a alma teria sido o princípio
inteligente dos seres inferiores da Criação?
– Não dissemos que tudo se encadeia na natureza e tende à unidade?
É nesses seres, que estais longe de conhecer inteiramente, que o princípio
inteligente se elabora, individualiza-se pouco a pouco e ensaia para a vida,
como já dissemos. É, de algum modo, um trabalho preparatório, como a
germinação, em que o princípio inteligente sofre uma transformação e tornase
Espírito. É então que começa o período da humanização e com ela a
consciência de seu futuro, a distinção entre o bem e o mal e a responsabilidade
de seus atos. Assim como depois da infância vem a adolescência,
depois a juventude e, enfim, a idade adulta. Não há, além disso, nessa
origem nada que deva humilhar o homem. Será que os grandes gênios se
sentirão humilhados por terem sido fetos em formação no seio de sua mãe?
Se alguma coisa deve humilhá-lo é sua inferioridade perante Deus e sua
impotência para sondar a profundidade dos seus desígnios e a sabedoria
das leis que regem a harmonia do universo. Reconhecei a grandeza de
Deus nessa harmonia admirável que faz com que tudo seja solidário na
natureza. Acreditar que Deus pudesse fazer alguma coisa sem objetivo e ter
criado seres inteligentes sem futuro seria blasfemar contra sua bondade,
que se estende sobre todas as suas criaturas.
607 b Esse período de humanização começa na nossa Terra?
– A Terra não é o ponto de partida da primeira encarnação humana; o
período de humanização começa, em geral, nos mundos ainda mais inferiores;
entretanto, essa não é uma regra geral, e poderia acontecer que um
Espírito, desde o começo de sua humanização, estivesse apto a viver na
Terra. Esse caso não é freqüente; é, antes, uma exceção.
608 O Espírito do homem, após a morte, tem consciência das
existências anteriores ao seu período de humanidade?
– Não, porque não é nesse período que se inicia para ele sua vida de
Espírito e é até mesmo difícil se lembrar de suas primeiras existências
como homem, assim como o homem não se lembra mais dos primeiros
tempos de sua infância e ainda menos do tempo que passou no seio de
sua mãe. É por isso que os Espíritos dizem que não sabem como começaram.
(Veja a questão 78.)
609 O Espírito, entrando no período de humanidade, conserva traços
do que foi antes, do período que se poderia chamar pré-humano?
– Depende da distância que separa os dois períodos e o progresso
realizado. Durante algumas gerações, pode ter sinais mais ou menos pronunciados
do estado primitivo, porque nada na natureza se faz por transição
brusca, sempre há anéis que ligam as extremidades das cadeias dos seres
e acontecimentos; mas esses traços se apagam com o desenvolvimento
do livre-arbítrio. Os primeiros progressos se realizam muito lentamente,
porque ainda não estão alicerçados, determinados pela vontade; mas eles
seguem uma progressão mais rápida à medida que o Espírito adquire uma
consciência mais perfeita de si mesmo.
610 Os Espíritos que disseram que o homem é um ser à parte na
ordem da Criação estão enganados?
– Não; mas a questão não foi explicada e, aliás, há coisas que só a
seu tempo podem ser esclarecidas. O homem é, de fato, um ser à parte,
uma vez que tem faculdades que o distinguem de todos os outros e tem
outra destinação. A espécie humana é a que Deus escolheu para a encarnação
dos seres que podem conhecê-lo.
METEMPSICOSE
611 O fato de ser comum a origem do princípio inteligente dos
seres vivos não é a consagração da doutrina da metempsicose?
– Duas coisas podem ter a mesma origem e não se parecerem em
nada mais tarde. Quem reconheceria a árvore, suas folhas, flores e frutos
no germe sem forma contido na semente de onde saiu? A partir do momento
que o princípio inteligente atinge o estágio necessário para ser Espírito
e entrar no período de humanização, não tem mais relação com seu estado
primitivo e não é mais a alma dos animais, como a árvore não é a
semente. No homem, não há mais do animal senão o corpo e as paixões
que nascem da influência do corpo e do instinto de conservação inerente
à matéria. Não se pode, portanto, dizer que aquele homem é a encarnação
do Espírito de tal animal e, assim, a metempsicose, tal como se entende,
não é exata.
612 O Espírito que animou o corpo de um homem poderia encarnar
em um animal?
– Isso seria retroceder e o Espírito não retrocede. O rio não retorna à
sua fonte. (Veja a questão 118.)
613 Por mais errada que seja a idéia ligada à metempsicose, não
seria resultado do sentimento intuitivo das diferentes existências do
homem?
– Esse sentimento intuitivo se encontra nessa crença como em muitas
outras; mas, como faz com a maioria de suas idéias intuitivas, o homem
alterou sua natureza.
614 O que se deve entender por lei natural?
– A lei natural é a lei de Deus. É a única verdadeira para a felicidade do
homem; ela lhe indica o que deve ou não fazer, e ele é infeliz somente
quando se afasta dela.
615 A lei de Deus é eterna?
– Eterna e imutável como o próprio Deus.
Serão 1019 perguntas e respostas, 15 por dia. Essa é uma entrevista real, com um espirito iluminado. Muitas vezes falhamos, e a culpa de falharmos é nossa, por deixar passar despercebido ou ignorar as oportunidades e os ensinamentos que Deus nos proporciona.
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Serie de perguntas e respostas n40
586 As plantas têm consciência de sua existência?
– Não; elas não pensam, têm apenas a vida orgânica.
587 As plantas têm sensações? Elas sofrem quando são mutiladas?
– As plantas recebem impressões físicas que agem sobre a
matéria, mas não têm percepções e, portanto, não têm a sensação da dor.
588 A força que atrai as plantas umas às outras é independente
de sua vontade?
– Sim, uma vez que não pensam. É uma força mecânica da matéria
agindo sobre a matéria; elas não poderiam se opor a isso.
589 Algumas plantas, como a sensitiva e a dionéia3, por exemplo,
têm movimentos que demonstram uma grande sensibilidade e
em alguns casos uma espécie de vontade. A dionéia, cujos lóbuloscapturam a mosca que nela pousa, parece preparar uma armadilha
para matá-la. Essas plantas são dotadas da faculdade de pensar?
Têm uma vontade e formam uma classe intermediária entre a natureza
vegetal e a natureza animal? São uma transição de uma para a
outra?
– Tudo é uma transição na natureza, pelo próprio fato de que nada é
semelhante e que, entretanto, tudo se liga. As plantas não pensam e, por
conseguinte, não têm vontade. A ostra que se abre e todos os zoófitos4
não pensam: há neles apenas um instinto cego e natural.
590 As plantas têm, como os animais, um instinto de conservação
que as leva a procurar o que lhes pode ser útil e a fugir do que as
pode prejudicar?
– Sim, têm, pode-se dizer, uma espécie de instinto, isso dependendo
da extensão que se dá a essa palavra; mas é um instinto puramente mecânico.
Quando, nas operações de química, vedes dois corpos se reunirem,
é porque se ajustam, ou seja, há afinidade entre eles; mas não chamais
isso de instinto.
591 Nos mundos superiores as plantas são, como os outros seres,
de uma natureza mais perfeita?
– Tudo é mais perfeito; mas nesses mundos superiores as plantas
são sempre plantas, os animais são sempre animais e os homens, sempre
homens.
OS ANIMAIS E O HOMEM
592 Se compararmos o homem e os animais sob o ponto de vista
da inteligência, a linha de demarcação parece difícil de se estabelecer,
porque alguns animais têm, sob esse aspecto, uma superioridade
notória sobre alguns homens. Essa linha pode ser estabelecida de
uma maneira precisa?
– Sobre esse ponto vossos filósofos não estão de acordo em quase
nada: uns querem que o homem seja um animal e outros que o animal
seja um homem; todos estão errados. O homem é um ser à parte que des-
ce muito baixo algumas vezes, ou que pode se elevar bem alto. Fisicamente
o homem é como os animais, e até menos dotado que muitos
deles; a natureza deu aos animais tudo o que o homem é obrigado a
inventar com sua inteligência para satisfazer suas necessidades e sua
conservação. É verdade que seu corpo se destrói como o dos animais,
mas seu Espírito tem uma destinação que somente ele pode compreender,
porque apenas o homem é completamente livre. Pobres homens que
vos rebaixais além da brutalidade! Não sabeis vos distinguir? Reconhecei
o homem pelo sentimento que ele tem da existência de Deus.
593 Pode-se dizer que os animais agem apenas por instinto?
– Ainda assim é um sistema. É bem verdade que o instinto domina na
maioria dos animais, mas não vedes que muitos agem com uma vontade
determinada? É inteligência, porém limitada.
594 Os animais têm uma linguagem?
– Uma linguagem formada de palavras e de sílabas, não; mas de um
meio de se comunicarem entre eles, sim. Dizem muito mais coisas do que
acreditais; mas sua linguagem é limitada às suas necessidades, como
suas idéias.
594 a Há animais que não têm voz; ao que parece esses não têm
linguagem?
– Eles se compreendem por outros meios. Vós, homens, tendes apenas
as palavras para se comunicarem? E os mudos, que dizeis deles? Os
animais, sendo dotados da vida de relação, têm meios de se informar e de
exprimir as suas sensações. Acreditais que os peixes não se entendem
entre si? O homem não tem o privilégio exclusivo da linguagem; embora a
dos animais seja instintiva e limitada ao círculo de suas necessidades e
idéias, enquanto a do homem é passível de ser aperfeiçoada e se presta a
todas as concepções de sua inteligência.
595 Os animais têm o livre-arbítrio de seus atos?
– Eles não são simples máquinas, como se pode supor; mas sua
liberdade de ação é limitada às suas necessidades e não se pode comparar
à do homem. Sendo muito inferiores ao homem, não têm os mesmos
deveres. Sua liberdade é restrita aos atos da vida material.
596 De onde vem a aptidão de alguns animais em imitar a linguagem
do homem e por que essa aptidão se encontra mais nos pássaros
do que no macaco, por exemplo, cuja conformação tem mais semelhança
com o homem?
– É pela conformação particular dos órgãos da voz, favorecida pelo instinto
de imitação; o macaco imita os gestos, alguns pássaros imitam a voz.
597 Se os animais têm uma inteligência que lhes dá uma certa
liberdade de ação, há neles um princípio independente da matéria?
– Sim, e que sobrevive ao corpo.
597 a Esse princípio é uma alma semelhante à do homem?
– É também uma alma, se quiserdes, depende do sentido que se dá
a essa palavra; mas é inferior à do homem. Há entre a alma dos animais e
a do homem tanta distância quanto há entre a alma do homem e Deus.
598 A alma dos animais conserva, após a morte, sua individualidade
e a consciência de si mesma?
– Sua individualidade, sim, mas não a consciência de seu eu. A vida
inteligente continua no estado latente7.
599 A alma dos animais tem a escolha de encarnar em um animal
em vez de outro?
– Não; ela não tem o livre-arbítrio.
600 A alma do animal, sobrevivendo ao corpo, estará, depois da
morte, na erraticidade, como a do homem?
– É uma espécie de erraticidade, uma vez que não está mais unida ao
corpo, mas não é um Espírito errante. O Espírito errante é um ser que
pensa e age de acordo com sua livre vontade; o dos animais não tem a
mesma faculdade. A consciência de si mesmo é o que constitui o atributo
principal do Espírito. O espírito do animal é classificado após sua morte
pelos Espíritos a quem compete essa tarefa e quase imediatamente utilizado;
não há tempo de se colocar em relação com outras criaturas.
– Não; elas não pensam, têm apenas a vida orgânica.
587 As plantas têm sensações? Elas sofrem quando são mutiladas?
– As plantas recebem impressões físicas que agem sobre a
matéria, mas não têm percepções e, portanto, não têm a sensação da dor.
588 A força que atrai as plantas umas às outras é independente
de sua vontade?
– Sim, uma vez que não pensam. É uma força mecânica da matéria
agindo sobre a matéria; elas não poderiam se opor a isso.
589 Algumas plantas, como a sensitiva e a dionéia3, por exemplo,
têm movimentos que demonstram uma grande sensibilidade e
em alguns casos uma espécie de vontade. A dionéia, cujos lóbuloscapturam a mosca que nela pousa, parece preparar uma armadilha
para matá-la. Essas plantas são dotadas da faculdade de pensar?
Têm uma vontade e formam uma classe intermediária entre a natureza
vegetal e a natureza animal? São uma transição de uma para a
outra?
– Tudo é uma transição na natureza, pelo próprio fato de que nada é
semelhante e que, entretanto, tudo se liga. As plantas não pensam e, por
conseguinte, não têm vontade. A ostra que se abre e todos os zoófitos4
não pensam: há neles apenas um instinto cego e natural.
590 As plantas têm, como os animais, um instinto de conservação
que as leva a procurar o que lhes pode ser útil e a fugir do que as
pode prejudicar?
– Sim, têm, pode-se dizer, uma espécie de instinto, isso dependendo
da extensão que se dá a essa palavra; mas é um instinto puramente mecânico.
Quando, nas operações de química, vedes dois corpos se reunirem,
é porque se ajustam, ou seja, há afinidade entre eles; mas não chamais
isso de instinto.
591 Nos mundos superiores as plantas são, como os outros seres,
de uma natureza mais perfeita?
– Tudo é mais perfeito; mas nesses mundos superiores as plantas
são sempre plantas, os animais são sempre animais e os homens, sempre
homens.
OS ANIMAIS E O HOMEM
592 Se compararmos o homem e os animais sob o ponto de vista
da inteligência, a linha de demarcação parece difícil de se estabelecer,
porque alguns animais têm, sob esse aspecto, uma superioridade
notória sobre alguns homens. Essa linha pode ser estabelecida de
uma maneira precisa?
– Sobre esse ponto vossos filósofos não estão de acordo em quase
nada: uns querem que o homem seja um animal e outros que o animal
seja um homem; todos estão errados. O homem é um ser à parte que des-
ce muito baixo algumas vezes, ou que pode se elevar bem alto. Fisicamente
o homem é como os animais, e até menos dotado que muitos
deles; a natureza deu aos animais tudo o que o homem é obrigado a
inventar com sua inteligência para satisfazer suas necessidades e sua
conservação. É verdade que seu corpo se destrói como o dos animais,
mas seu Espírito tem uma destinação que somente ele pode compreender,
porque apenas o homem é completamente livre. Pobres homens que
vos rebaixais além da brutalidade! Não sabeis vos distinguir? Reconhecei
o homem pelo sentimento que ele tem da existência de Deus.
593 Pode-se dizer que os animais agem apenas por instinto?
– Ainda assim é um sistema. É bem verdade que o instinto domina na
maioria dos animais, mas não vedes que muitos agem com uma vontade
determinada? É inteligência, porém limitada.
594 Os animais têm uma linguagem?
– Uma linguagem formada de palavras e de sílabas, não; mas de um
meio de se comunicarem entre eles, sim. Dizem muito mais coisas do que
acreditais; mas sua linguagem é limitada às suas necessidades, como
suas idéias.
594 a Há animais que não têm voz; ao que parece esses não têm
linguagem?
– Eles se compreendem por outros meios. Vós, homens, tendes apenas
as palavras para se comunicarem? E os mudos, que dizeis deles? Os
animais, sendo dotados da vida de relação, têm meios de se informar e de
exprimir as suas sensações. Acreditais que os peixes não se entendem
entre si? O homem não tem o privilégio exclusivo da linguagem; embora a
dos animais seja instintiva e limitada ao círculo de suas necessidades e
idéias, enquanto a do homem é passível de ser aperfeiçoada e se presta a
todas as concepções de sua inteligência.
595 Os animais têm o livre-arbítrio de seus atos?
– Eles não são simples máquinas, como se pode supor; mas sua
liberdade de ação é limitada às suas necessidades e não se pode comparar
à do homem. Sendo muito inferiores ao homem, não têm os mesmos
deveres. Sua liberdade é restrita aos atos da vida material.
596 De onde vem a aptidão de alguns animais em imitar a linguagem
do homem e por que essa aptidão se encontra mais nos pássaros
do que no macaco, por exemplo, cuja conformação tem mais semelhança
com o homem?
– É pela conformação particular dos órgãos da voz, favorecida pelo instinto
de imitação; o macaco imita os gestos, alguns pássaros imitam a voz.
597 Se os animais têm uma inteligência que lhes dá uma certa
liberdade de ação, há neles um princípio independente da matéria?
– Sim, e que sobrevive ao corpo.
597 a Esse princípio é uma alma semelhante à do homem?
– É também uma alma, se quiserdes, depende do sentido que se dá
a essa palavra; mas é inferior à do homem. Há entre a alma dos animais e
a do homem tanta distância quanto há entre a alma do homem e Deus.
598 A alma dos animais conserva, após a morte, sua individualidade
e a consciência de si mesma?
– Sua individualidade, sim, mas não a consciência de seu eu. A vida
inteligente continua no estado latente7.
599 A alma dos animais tem a escolha de encarnar em um animal
em vez de outro?
– Não; ela não tem o livre-arbítrio.
600 A alma do animal, sobrevivendo ao corpo, estará, depois da
morte, na erraticidade, como a do homem?
– É uma espécie de erraticidade, uma vez que não está mais unida ao
corpo, mas não é um Espírito errante. O Espírito errante é um ser que
pensa e age de acordo com sua livre vontade; o dos animais não tem a
mesma faculdade. A consciência de si mesmo é o que constitui o atributo
principal do Espírito. O espírito do animal é classificado após sua morte
pelos Espíritos a quem compete essa tarefa e quase imediatamente utilizado;
não há tempo de se colocar em relação com outras criaturas.
Serie de perguntas e respostas n40
586 As plantas têm consciência de sua existência?
– Não; elas não pensam, têm apenas a vida orgânica.
587 As plantas têm sensações? Elas sofrem quando são mutiladas?
– As plantas recebem impressões físicas que agem sobre a
matéria, mas não têm percepções e, portanto, não têm a sensação da dor.
588 A força que atrai as plantas umas às outras é independente
de sua vontade?
– Sim, uma vez que não pensam. É uma força mecânica da matéria
agindo sobre a matéria; elas não poderiam se opor a isso.
589 Algumas plantas, como a sensitiva e a dionéia3, por exemplo,
têm movimentos que demonstram uma grande sensibilidade e
em alguns casos uma espécie de vontade. A dionéia, cujos lóbuloscapturam a mosca que nela pousa, parece preparar uma armadilha
para matá-la. Essas plantas são dotadas da faculdade de pensar?
Têm uma vontade e formam uma classe intermediária entre a natureza
vegetal e a natureza animal? São uma transição de uma para a
outra?
– Tudo é uma transição na natureza, pelo próprio fato de que nada é
semelhante e que, entretanto, tudo se liga. As plantas não pensam e, por
conseguinte, não têm vontade. A ostra que se abre e todos os zoófitos4
não pensam: há neles apenas um instinto cego e natural.
590 As plantas têm, como os animais, um instinto de conservação
que as leva a procurar o que lhes pode ser útil e a fugir do que as
pode prejudicar?
– Sim, têm, pode-se dizer, uma espécie de instinto, isso dependendo
da extensão que se dá a essa palavra; mas é um instinto puramente mecânico.
Quando, nas operações de química, vedes dois corpos se reunirem,
é porque se ajustam, ou seja, há afinidade entre eles; mas não chamais
isso de instinto.
591 Nos mundos superiores as plantas são, como os outros seres,
de uma natureza mais perfeita?
– Tudo é mais perfeito; mas nesses mundos superiores as plantas
são sempre plantas, os animais são sempre animais e os homens, sempre
homens.
OS ANIMAIS E O HOMEM
592 Se compararmos o homem e os animais sob o ponto de vista
da inteligência, a linha de demarcação parece difícil de se estabelecer,
porque alguns animais têm, sob esse aspecto, uma superioridade
notória sobre alguns homens. Essa linha pode ser estabelecida de
uma maneira precisa?
– Sobre esse ponto vossos filósofos não estão de acordo em quase
nada: uns querem que o homem seja um animal e outros que o animal
seja um homem; todos estão errados. O homem é um ser à parte que des-
ce muito baixo algumas vezes, ou que pode se elevar bem alto. Fisicamente
o homem é como os animais, e até menos dotado que muitos
deles; a natureza deu aos animais tudo o que o homem é obrigado a
inventar com sua inteligência para satisfazer suas necessidades e sua
conservação. É verdade que seu corpo se destrói como o dos animais,
mas seu Espírito tem uma destinação que somente ele pode compreender,
porque apenas o homem é completamente livre. Pobres homens que
vos rebaixais além da brutalidade! Não sabeis vos distinguir? Reconhecei
o homem pelo sentimento que ele tem da existência de Deus.
593 Pode-se dizer que os animais agem apenas por instinto?
– Ainda assim é um sistema. É bem verdade que o instinto domina na
maioria dos animais, mas não vedes que muitos agem com uma vontade
determinada? É inteligência, porém limitada.
594 Os animais têm uma linguagem?
– Uma linguagem formada de palavras e de sílabas, não; mas de um
meio de se comunicarem entre eles, sim. Dizem muito mais coisas do que
acreditais; mas sua linguagem é limitada às suas necessidades, como
suas idéias.
594 a Há animais que não têm voz; ao que parece esses não têm
linguagem?
– Eles se compreendem por outros meios. Vós, homens, tendes apenas
as palavras para se comunicarem? E os mudos, que dizeis deles? Os
animais, sendo dotados da vida de relação, têm meios de se informar e de
exprimir as suas sensações. Acreditais que os peixes não se entendem
entre si? O homem não tem o privilégio exclusivo da linguagem; embora a
dos animais seja instintiva e limitada ao círculo de suas necessidades e
idéias, enquanto a do homem é passível de ser aperfeiçoada e se presta a
todas as concepções de sua inteligência.
595 Os animais têm o livre-arbítrio de seus atos?
– Eles não são simples máquinas, como se pode supor; mas sua
liberdade de ação é limitada às suas necessidades e não se pode comparar
à do homem. Sendo muito inferiores ao homem, não têm os mesmos
deveres. Sua liberdade é restrita aos atos da vida material.
596 De onde vem a aptidão de alguns animais em imitar a linguagem
do homem e por que essa aptidão se encontra mais nos pássaros
do que no macaco, por exemplo, cuja conformação tem mais semelhança
com o homem?
– É pela conformação particular dos órgãos da voz, favorecida pelo instinto
de imitação; o macaco imita os gestos, alguns pássaros imitam a voz.
597 Se os animais têm uma inteligência que lhes dá uma certa
liberdade de ação, há neles um princípio independente da matéria?
– Sim, e que sobrevive ao corpo.
597 a Esse princípio é uma alma semelhante à do homem?
– É também uma alma, se quiserdes, depende do sentido que se dá
a essa palavra; mas é inferior à do homem. Há entre a alma dos animais e
a do homem tanta distância quanto há entre a alma do homem e Deus.
598 A alma dos animais conserva, após a morte, sua individualidade
e a consciência de si mesma?
– Sua individualidade, sim, mas não a consciência de seu eu. A vida
inteligente continua no estado latente7.
599 A alma dos animais tem a escolha de encarnar em um animal
em vez de outro?
– Não; ela não tem o livre-arbítrio.
600 A alma do animal, sobrevivendo ao corpo, estará, depois da
morte, na erraticidade, como a do homem?
– É uma espécie de erraticidade, uma vez que não está mais unida ao
corpo, mas não é um Espírito errante. O Espírito errante é um ser que
pensa e age de acordo com sua livre vontade; o dos animais não tem a
mesma faculdade. A consciência de si mesmo é o que constitui o atributo
principal do Espírito. O espírito do animal é classificado após sua morte
pelos Espíritos a quem compete essa tarefa e quase imediatamente utilizado;
não há tempo de se colocar em relação com outras criaturas.
– Não; elas não pensam, têm apenas a vida orgânica.
587 As plantas têm sensações? Elas sofrem quando são mutiladas?
– As plantas recebem impressões físicas que agem sobre a
matéria, mas não têm percepções e, portanto, não têm a sensação da dor.
588 A força que atrai as plantas umas às outras é independente
de sua vontade?
– Sim, uma vez que não pensam. É uma força mecânica da matéria
agindo sobre a matéria; elas não poderiam se opor a isso.
589 Algumas plantas, como a sensitiva e a dionéia3, por exemplo,
têm movimentos que demonstram uma grande sensibilidade e
em alguns casos uma espécie de vontade. A dionéia, cujos lóbuloscapturam a mosca que nela pousa, parece preparar uma armadilha
para matá-la. Essas plantas são dotadas da faculdade de pensar?
Têm uma vontade e formam uma classe intermediária entre a natureza
vegetal e a natureza animal? São uma transição de uma para a
outra?
– Tudo é uma transição na natureza, pelo próprio fato de que nada é
semelhante e que, entretanto, tudo se liga. As plantas não pensam e, por
conseguinte, não têm vontade. A ostra que se abre e todos os zoófitos4
não pensam: há neles apenas um instinto cego e natural.
590 As plantas têm, como os animais, um instinto de conservação
que as leva a procurar o que lhes pode ser útil e a fugir do que as
pode prejudicar?
– Sim, têm, pode-se dizer, uma espécie de instinto, isso dependendo
da extensão que se dá a essa palavra; mas é um instinto puramente mecânico.
Quando, nas operações de química, vedes dois corpos se reunirem,
é porque se ajustam, ou seja, há afinidade entre eles; mas não chamais
isso de instinto.
591 Nos mundos superiores as plantas são, como os outros seres,
de uma natureza mais perfeita?
– Tudo é mais perfeito; mas nesses mundos superiores as plantas
são sempre plantas, os animais são sempre animais e os homens, sempre
homens.
OS ANIMAIS E O HOMEM
592 Se compararmos o homem e os animais sob o ponto de vista
da inteligência, a linha de demarcação parece difícil de se estabelecer,
porque alguns animais têm, sob esse aspecto, uma superioridade
notória sobre alguns homens. Essa linha pode ser estabelecida de
uma maneira precisa?
– Sobre esse ponto vossos filósofos não estão de acordo em quase
nada: uns querem que o homem seja um animal e outros que o animal
seja um homem; todos estão errados. O homem é um ser à parte que des-
ce muito baixo algumas vezes, ou que pode se elevar bem alto. Fisicamente
o homem é como os animais, e até menos dotado que muitos
deles; a natureza deu aos animais tudo o que o homem é obrigado a
inventar com sua inteligência para satisfazer suas necessidades e sua
conservação. É verdade que seu corpo se destrói como o dos animais,
mas seu Espírito tem uma destinação que somente ele pode compreender,
porque apenas o homem é completamente livre. Pobres homens que
vos rebaixais além da brutalidade! Não sabeis vos distinguir? Reconhecei
o homem pelo sentimento que ele tem da existência de Deus.
593 Pode-se dizer que os animais agem apenas por instinto?
– Ainda assim é um sistema. É bem verdade que o instinto domina na
maioria dos animais, mas não vedes que muitos agem com uma vontade
determinada? É inteligência, porém limitada.
594 Os animais têm uma linguagem?
– Uma linguagem formada de palavras e de sílabas, não; mas de um
meio de se comunicarem entre eles, sim. Dizem muito mais coisas do que
acreditais; mas sua linguagem é limitada às suas necessidades, como
suas idéias.
594 a Há animais que não têm voz; ao que parece esses não têm
linguagem?
– Eles se compreendem por outros meios. Vós, homens, tendes apenas
as palavras para se comunicarem? E os mudos, que dizeis deles? Os
animais, sendo dotados da vida de relação, têm meios de se informar e de
exprimir as suas sensações. Acreditais que os peixes não se entendem
entre si? O homem não tem o privilégio exclusivo da linguagem; embora a
dos animais seja instintiva e limitada ao círculo de suas necessidades e
idéias, enquanto a do homem é passível de ser aperfeiçoada e se presta a
todas as concepções de sua inteligência.
595 Os animais têm o livre-arbítrio de seus atos?
– Eles não são simples máquinas, como se pode supor; mas sua
liberdade de ação é limitada às suas necessidades e não se pode comparar
à do homem. Sendo muito inferiores ao homem, não têm os mesmos
deveres. Sua liberdade é restrita aos atos da vida material.
596 De onde vem a aptidão de alguns animais em imitar a linguagem
do homem e por que essa aptidão se encontra mais nos pássaros
do que no macaco, por exemplo, cuja conformação tem mais semelhança
com o homem?
– É pela conformação particular dos órgãos da voz, favorecida pelo instinto
de imitação; o macaco imita os gestos, alguns pássaros imitam a voz.
597 Se os animais têm uma inteligência que lhes dá uma certa
liberdade de ação, há neles um princípio independente da matéria?
– Sim, e que sobrevive ao corpo.
597 a Esse princípio é uma alma semelhante à do homem?
– É também uma alma, se quiserdes, depende do sentido que se dá
a essa palavra; mas é inferior à do homem. Há entre a alma dos animais e
a do homem tanta distância quanto há entre a alma do homem e Deus.
598 A alma dos animais conserva, após a morte, sua individualidade
e a consciência de si mesma?
– Sua individualidade, sim, mas não a consciência de seu eu. A vida
inteligente continua no estado latente7.
599 A alma dos animais tem a escolha de encarnar em um animal
em vez de outro?
– Não; ela não tem o livre-arbítrio.
600 A alma do animal, sobrevivendo ao corpo, estará, depois da
morte, na erraticidade, como a do homem?
– É uma espécie de erraticidade, uma vez que não está mais unida ao
corpo, mas não é um Espírito errante. O Espírito errante é um ser que
pensa e age de acordo com sua livre vontade; o dos animais não tem a
mesma faculdade. A consciência de si mesmo é o que constitui o atributo
principal do Espírito. O espírito do animal é classificado após sua morte
pelos Espíritos a quem compete essa tarefa e quase imediatamente utilizado;
não há tempo de se colocar em relação com outras criaturas.
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Serie de perguntas e respostas n39
571 Somente os Espíritos elevados cumprem missões?
– A importância das missões depende da capacidade e elevação do
Espírito. O estafeta que leva uma mensagem cumpre também uma missão,
mas não é a mesma do general.
572 A missão é imposta a um Espírito ou depende de sua vontade?
– Ele a pede e fica feliz por obtê-la.
572 a A mesma missão pode ser pedida por vários Espíritos?
– Sim, muitas vezes, há vários candidatos, mas nem todos são aceitos.
573 Em que consiste a missão dos Espíritos quando encarnados?
– Instruir os homens, ajudar em seu adiantamento, melhorar suas instituições
pelos meios diretos e materiais; mas as missões são mais ou
menos gerais e importantes: aquele que cultiva a terra realiza uma missão,
como aquele que governa ou que instrui. Tudo se encadeia na Natureza;
ao mesmo tempo que o Espírito se depura pela encarnação, concorre,
dessa forma, para a realização dos desígnios da Providência. Cada um
tem sua missão na Terra, cada um pode ser útil para alguma coisa.
574 Qual pode ser a missão das pessoas voluntariamente inúteis
na Terra?
– Há, realmente, pessoas que vivem somente para si mesmas e não
sabem se tornar úteis para nada. São pobres seres dignos de compaixão,
porque expiarão cruelmente sua inutilidade voluntária e, muitas vezes, seu
castigo começa na Terra, pelo tédio e desgosto da vida.
574 a Uma vez que fizeram a escolha, por que preferiram uma
vida sem nenhum proveito?
– Entre os Espíritos há também preguiçosos que recuam diante de
uma vida de trabalho. Deus lhes permite assim agir. Compreenderão mais
tarde e à sua custa os inconvenientes de sua inutilidade e serão os primeiros
a pedir para reparar o tempo perdido. Pode ocorrer também que tenham
escolhido uma vida mais útil; porém, uma vez encarnados, recuam e se
deixam levar por Espíritos que os induzem à ociosidade.
575 As ocupações comuns mais nos parecem deveres do que
missões propriamente ditas. A missão, conforme a idéia ligada a essa
palavra, tem um caráter menos exclusivo e, principalmente, menos
pessoal. Sob esse ponto de vista, como reconhecer que um homem
tenha uma missão sobre a Terra?
– Pelas grandes coisas que realiza, pelo progresso a que conduz seus
semelhantes.
576 Os homens que têm uma missão importante são predestinados
antes de seu nascimento e têm conhecimento disso?
– Algumas vezes, sim; na maioria das vezes, a ignoram. Têm apenas
um objetivo vago ao vir à Terra; sua missão se revela após seu nascimento
e de acordo com as circunstâncias. Deus os direciona para o caminho
onde devem cumprir seus desígnios.
577 Quando um homem faz algo útil, é sempre por uma missão
anterior e predestinada, ou pode receber uma missão não prevista?
– Nem tudo que um homem faz é resultado de uma missão predestinada;
ele é, muitas vezes, o instrumento de que um Espírito se serve para
executar algo útil. Por exemplo, um Espírito julga que seria bom escrever
um livro que ele mesmo faria se estivesse encarnado; então, procura o
escritor mais apto a compreender seu pensamento e executá-lo e lhe dá a
idéia, dirigindo-o na execução. Porém, esse homem não veio à Terra com
a missão de fazer essa obra. Ocorre o mesmo com alguns trabalhos de
arte e as descobertas. É preciso dizer ainda que, durante o sono do corpo,
o Espírito encarnado se comunica diretamente com o Espírito desencarnado
errante e se entendem sobre a execução de tarefas.
578 O Espírito pode falhar em sua missão por sua própria culpa?
– Sim, se não é um Espírito Superior.
578 a Quais são as conseqüências disso?
– Será preciso refazer sua tarefa: está aí sua punição; também sofrerá
as conseqüências do mal que tiver causado.
579 Uma vez que o Espírito recebe sua missão de Deus, como
Deus pode confiar uma missão importante e de interesse geral a um
Espírito que poderia falhar?
– Deus não sabe se seu general terá a vitória ou se será vencido? Ele
o sabe, estejai certos disso, e seus planos, quando são importantes, não
são confiados aos que podem abandonar sua obra no meio. Toda a questão
está no conhecimento do futuro que Deus possui, mas que não vos é
dado a conhecer.
580 O Espírito que encarna para cumprir uma missão tem a mesma
apreensão daquele que o faz como prova?
– Não, ele já tem a experiência.
581 Os homens que são a luz do gênero humano, que o clareiam
por seu gênio, têm certamente uma missão; mas entre eles há os que
erram e, ao lado das grandes verdades, propagam grandes erros. Como
se deve considerar a missão desses homens?
– Como enganados por eles mesmos. Estão abaixo da tarefa a que
se propuseram. É preciso, entretanto, se dar conta das circunstâncias; os
homens de gênio devem falar conforme os tempos, e um ensinamento
que se considera errôneo ou infantil para uma época avançada podia ser
suficiente para o século em que foi divulgado.
582 Pode a paternidade ser considerada uma missão?
– É, sem dúvida, uma missão, e é ao mesmo tempo um dever muito
grande que obriga, mais que o homem pensa, sua responsabilidade diante
do futuro. Deus colocou a criança sob a tutela de seus pais para que
esses a dirijam no caminho do bem, e facilitou a tarefa, dando à criança um
organismo frágil e delicado que a torna acessível a todas as influências.
Mas há os que se ocupam mais em endireitar as árvores de seu pomar e
as fazer produzir bons frutos do que endireitar o caráter de seu filho. Se
esse fracassa por erro deles, carregarão a pena e os sofrimentos do filho
na vida futura, que recairão sobre eles, porque não fizeram o que deles
dependia para seu adiantamento no caminho do bem.
583 Se uma criança se torna má, apesar dos cuidados de seus
pais, eles são responsáveis?
– Não; porém quanto mais as disposições da criança são más, mais
a tarefa é difícil e maior será o mérito se conseguirem desviá-la do caminho
do mal.
583 a Se uma criança se torna um homem de bem, apesar da
negligência ou dos maus exemplos de seus pais, eles se beneficiam
de alguma forma disso?
– Deus é justo.
584 Qual pode ser a natureza da missão do conquistador, que
tem em vista apenas satisfazer sua ambição, e para atingir esse objetivo,
não recua diante das calamidades que ocasiona?
– É, na maioria das vezes, apenas um instrumento de que Deus se
serve para a realização de seus desígnios, e essas calamidades são algumas
vezes um meio de fazer um povo avançar mais rapidamente.
584 a Aquele que é o instrumento dessas calamidades passageiras
é estranho ao bem que pode resultar disso, uma vez que visava a
um objetivo apenas pessoal; apesar disso, se aproveitará desse bem?
– Cada um é recompensado de acordo com suas obras, o bem que
quis fazer e a retidão de suas intenções.
585 Que pensais da divisão da natureza em três reinos, ou melhor,
em duas classes: os seres orgânicos e os inorgânicos1? Alguns
fazem da espécie humana uma quarta classe2. Qual dessas divisões
é preferível?
– Todas são boas, dependendo do ponto de vista. Sob o ponto de vista
material, há apenas seres orgânicos e inorgânicos; sob o ponto de vista
moral há, evidentemente, quatro graus.
– A importância das missões depende da capacidade e elevação do
Espírito. O estafeta que leva uma mensagem cumpre também uma missão,
mas não é a mesma do general.
572 A missão é imposta a um Espírito ou depende de sua vontade?
– Ele a pede e fica feliz por obtê-la.
572 a A mesma missão pode ser pedida por vários Espíritos?
– Sim, muitas vezes, há vários candidatos, mas nem todos são aceitos.
573 Em que consiste a missão dos Espíritos quando encarnados?
– Instruir os homens, ajudar em seu adiantamento, melhorar suas instituições
pelos meios diretos e materiais; mas as missões são mais ou
menos gerais e importantes: aquele que cultiva a terra realiza uma missão,
como aquele que governa ou que instrui. Tudo se encadeia na Natureza;
ao mesmo tempo que o Espírito se depura pela encarnação, concorre,
dessa forma, para a realização dos desígnios da Providência. Cada um
tem sua missão na Terra, cada um pode ser útil para alguma coisa.
574 Qual pode ser a missão das pessoas voluntariamente inúteis
na Terra?
– Há, realmente, pessoas que vivem somente para si mesmas e não
sabem se tornar úteis para nada. São pobres seres dignos de compaixão,
porque expiarão cruelmente sua inutilidade voluntária e, muitas vezes, seu
castigo começa na Terra, pelo tédio e desgosto da vida.
574 a Uma vez que fizeram a escolha, por que preferiram uma
vida sem nenhum proveito?
– Entre os Espíritos há também preguiçosos que recuam diante de
uma vida de trabalho. Deus lhes permite assim agir. Compreenderão mais
tarde e à sua custa os inconvenientes de sua inutilidade e serão os primeiros
a pedir para reparar o tempo perdido. Pode ocorrer também que tenham
escolhido uma vida mais útil; porém, uma vez encarnados, recuam e se
deixam levar por Espíritos que os induzem à ociosidade.
575 As ocupações comuns mais nos parecem deveres do que
missões propriamente ditas. A missão, conforme a idéia ligada a essa
palavra, tem um caráter menos exclusivo e, principalmente, menos
pessoal. Sob esse ponto de vista, como reconhecer que um homem
tenha uma missão sobre a Terra?
– Pelas grandes coisas que realiza, pelo progresso a que conduz seus
semelhantes.
576 Os homens que têm uma missão importante são predestinados
antes de seu nascimento e têm conhecimento disso?
– Algumas vezes, sim; na maioria das vezes, a ignoram. Têm apenas
um objetivo vago ao vir à Terra; sua missão se revela após seu nascimento
e de acordo com as circunstâncias. Deus os direciona para o caminho
onde devem cumprir seus desígnios.
577 Quando um homem faz algo útil, é sempre por uma missão
anterior e predestinada, ou pode receber uma missão não prevista?
– Nem tudo que um homem faz é resultado de uma missão predestinada;
ele é, muitas vezes, o instrumento de que um Espírito se serve para
executar algo útil. Por exemplo, um Espírito julga que seria bom escrever
um livro que ele mesmo faria se estivesse encarnado; então, procura o
escritor mais apto a compreender seu pensamento e executá-lo e lhe dá a
idéia, dirigindo-o na execução. Porém, esse homem não veio à Terra com
a missão de fazer essa obra. Ocorre o mesmo com alguns trabalhos de
arte e as descobertas. É preciso dizer ainda que, durante o sono do corpo,
o Espírito encarnado se comunica diretamente com o Espírito desencarnado
errante e se entendem sobre a execução de tarefas.
578 O Espírito pode falhar em sua missão por sua própria culpa?
– Sim, se não é um Espírito Superior.
578 a Quais são as conseqüências disso?
– Será preciso refazer sua tarefa: está aí sua punição; também sofrerá
as conseqüências do mal que tiver causado.
579 Uma vez que o Espírito recebe sua missão de Deus, como
Deus pode confiar uma missão importante e de interesse geral a um
Espírito que poderia falhar?
– Deus não sabe se seu general terá a vitória ou se será vencido? Ele
o sabe, estejai certos disso, e seus planos, quando são importantes, não
são confiados aos que podem abandonar sua obra no meio. Toda a questão
está no conhecimento do futuro que Deus possui, mas que não vos é
dado a conhecer.
580 O Espírito que encarna para cumprir uma missão tem a mesma
apreensão daquele que o faz como prova?
– Não, ele já tem a experiência.
581 Os homens que são a luz do gênero humano, que o clareiam
por seu gênio, têm certamente uma missão; mas entre eles há os que
erram e, ao lado das grandes verdades, propagam grandes erros. Como
se deve considerar a missão desses homens?
– Como enganados por eles mesmos. Estão abaixo da tarefa a que
se propuseram. É preciso, entretanto, se dar conta das circunstâncias; os
homens de gênio devem falar conforme os tempos, e um ensinamento
que se considera errôneo ou infantil para uma época avançada podia ser
suficiente para o século em que foi divulgado.
582 Pode a paternidade ser considerada uma missão?
– É, sem dúvida, uma missão, e é ao mesmo tempo um dever muito
grande que obriga, mais que o homem pensa, sua responsabilidade diante
do futuro. Deus colocou a criança sob a tutela de seus pais para que
esses a dirijam no caminho do bem, e facilitou a tarefa, dando à criança um
organismo frágil e delicado que a torna acessível a todas as influências.
Mas há os que se ocupam mais em endireitar as árvores de seu pomar e
as fazer produzir bons frutos do que endireitar o caráter de seu filho. Se
esse fracassa por erro deles, carregarão a pena e os sofrimentos do filho
na vida futura, que recairão sobre eles, porque não fizeram o que deles
dependia para seu adiantamento no caminho do bem.
583 Se uma criança se torna má, apesar dos cuidados de seus
pais, eles são responsáveis?
– Não; porém quanto mais as disposições da criança são más, mais
a tarefa é difícil e maior será o mérito se conseguirem desviá-la do caminho
do mal.
583 a Se uma criança se torna um homem de bem, apesar da
negligência ou dos maus exemplos de seus pais, eles se beneficiam
de alguma forma disso?
– Deus é justo.
584 Qual pode ser a natureza da missão do conquistador, que
tem em vista apenas satisfazer sua ambição, e para atingir esse objetivo,
não recua diante das calamidades que ocasiona?
– É, na maioria das vezes, apenas um instrumento de que Deus se
serve para a realização de seus desígnios, e essas calamidades são algumas
vezes um meio de fazer um povo avançar mais rapidamente.
584 a Aquele que é o instrumento dessas calamidades passageiras
é estranho ao bem que pode resultar disso, uma vez que visava a
um objetivo apenas pessoal; apesar disso, se aproveitará desse bem?
– Cada um é recompensado de acordo com suas obras, o bem que
quis fazer e a retidão de suas intenções.
585 Que pensais da divisão da natureza em três reinos, ou melhor,
em duas classes: os seres orgânicos e os inorgânicos1? Alguns
fazem da espécie humana uma quarta classe2. Qual dessas divisões
é preferível?
– Todas são boas, dependendo do ponto de vista. Sob o ponto de vista
material, há apenas seres orgânicos e inorgânicos; sob o ponto de vista
moral há, evidentemente, quatro graus.
Serie de perguntas e respostas n39
571 Somente os Espíritos elevados cumprem missões?
– A importância das missões depende da capacidade e elevação do
Espírito. O estafeta que leva uma mensagem cumpre também uma missão,
mas não é a mesma do general.
572 A missão é imposta a um Espírito ou depende de sua vontade?
– Ele a pede e fica feliz por obtê-la.
572 a A mesma missão pode ser pedida por vários Espíritos?
– Sim, muitas vezes, há vários candidatos, mas nem todos são aceitos.
573 Em que consiste a missão dos Espíritos quando encarnados?
– Instruir os homens, ajudar em seu adiantamento, melhorar suas instituições
pelos meios diretos e materiais; mas as missões são mais ou
menos gerais e importantes: aquele que cultiva a terra realiza uma missão,
como aquele que governa ou que instrui. Tudo se encadeia na Natureza;
ao mesmo tempo que o Espírito se depura pela encarnação, concorre,
dessa forma, para a realização dos desígnios da Providência. Cada um
tem sua missão na Terra, cada um pode ser útil para alguma coisa.
574 Qual pode ser a missão das pessoas voluntariamente inúteis
na Terra?
– Há, realmente, pessoas que vivem somente para si mesmas e não
sabem se tornar úteis para nada. São pobres seres dignos de compaixão,
porque expiarão cruelmente sua inutilidade voluntária e, muitas vezes, seu
castigo começa na Terra, pelo tédio e desgosto da vida.
574 a Uma vez que fizeram a escolha, por que preferiram uma
vida sem nenhum proveito?
– Entre os Espíritos há também preguiçosos que recuam diante de
uma vida de trabalho. Deus lhes permite assim agir. Compreenderão mais
tarde e à sua custa os inconvenientes de sua inutilidade e serão os primeiros
a pedir para reparar o tempo perdido. Pode ocorrer também que tenham
escolhido uma vida mais útil; porém, uma vez encarnados, recuam e se
deixam levar por Espíritos que os induzem à ociosidade.
575 As ocupações comuns mais nos parecem deveres do que
missões propriamente ditas. A missão, conforme a idéia ligada a essa
palavra, tem um caráter menos exclusivo e, principalmente, menos
pessoal. Sob esse ponto de vista, como reconhecer que um homem
tenha uma missão sobre a Terra?
– Pelas grandes coisas que realiza, pelo progresso a que conduz seus
semelhantes.
576 Os homens que têm uma missão importante são predestinados
antes de seu nascimento e têm conhecimento disso?
– Algumas vezes, sim; na maioria das vezes, a ignoram. Têm apenas
um objetivo vago ao vir à Terra; sua missão se revela após seu nascimento
e de acordo com as circunstâncias. Deus os direciona para o caminho
onde devem cumprir seus desígnios.
577 Quando um homem faz algo útil, é sempre por uma missão
anterior e predestinada, ou pode receber uma missão não prevista?
– Nem tudo que um homem faz é resultado de uma missão predestinada;
ele é, muitas vezes, o instrumento de que um Espírito se serve para
executar algo útil. Por exemplo, um Espírito julga que seria bom escrever
um livro que ele mesmo faria se estivesse encarnado; então, procura o
escritor mais apto a compreender seu pensamento e executá-lo e lhe dá a
idéia, dirigindo-o na execução. Porém, esse homem não veio à Terra com
a missão de fazer essa obra. Ocorre o mesmo com alguns trabalhos de
arte e as descobertas. É preciso dizer ainda que, durante o sono do corpo,
o Espírito encarnado se comunica diretamente com o Espírito desencarnado
errante e se entendem sobre a execução de tarefas.
578 O Espírito pode falhar em sua missão por sua própria culpa?
– Sim, se não é um Espírito Superior.
578 a Quais são as conseqüências disso?
– Será preciso refazer sua tarefa: está aí sua punição; também sofrerá
as conseqüências do mal que tiver causado.
579 Uma vez que o Espírito recebe sua missão de Deus, como
Deus pode confiar uma missão importante e de interesse geral a um
Espírito que poderia falhar?
– Deus não sabe se seu general terá a vitória ou se será vencido? Ele
o sabe, estejai certos disso, e seus planos, quando são importantes, não
são confiados aos que podem abandonar sua obra no meio. Toda a questão
está no conhecimento do futuro que Deus possui, mas que não vos é
dado a conhecer.
580 O Espírito que encarna para cumprir uma missão tem a mesma
apreensão daquele que o faz como prova?
– Não, ele já tem a experiência.
581 Os homens que são a luz do gênero humano, que o clareiam
por seu gênio, têm certamente uma missão; mas entre eles há os que
erram e, ao lado das grandes verdades, propagam grandes erros. Como
se deve considerar a missão desses homens?
– Como enganados por eles mesmos. Estão abaixo da tarefa a que
se propuseram. É preciso, entretanto, se dar conta das circunstâncias; os
homens de gênio devem falar conforme os tempos, e um ensinamento
que se considera errôneo ou infantil para uma época avançada podia ser
suficiente para o século em que foi divulgado.
582 Pode a paternidade ser considerada uma missão?
– É, sem dúvida, uma missão, e é ao mesmo tempo um dever muito
grande que obriga, mais que o homem pensa, sua responsabilidade diante
do futuro. Deus colocou a criança sob a tutela de seus pais para que
esses a dirijam no caminho do bem, e facilitou a tarefa, dando à criança um
organismo frágil e delicado que a torna acessível a todas as influências.
Mas há os que se ocupam mais em endireitar as árvores de seu pomar e
as fazer produzir bons frutos do que endireitar o caráter de seu filho. Se
esse fracassa por erro deles, carregarão a pena e os sofrimentos do filho
na vida futura, que recairão sobre eles, porque não fizeram o que deles
dependia para seu adiantamento no caminho do bem.
583 Se uma criança se torna má, apesar dos cuidados de seus
pais, eles são responsáveis?
– Não; porém quanto mais as disposições da criança são más, mais
a tarefa é difícil e maior será o mérito se conseguirem desviá-la do caminho
do mal.
583 a Se uma criança se torna um homem de bem, apesar da
negligência ou dos maus exemplos de seus pais, eles se beneficiam
de alguma forma disso?
– Deus é justo.
584 Qual pode ser a natureza da missão do conquistador, que
tem em vista apenas satisfazer sua ambição, e para atingir esse objetivo,
não recua diante das calamidades que ocasiona?
– É, na maioria das vezes, apenas um instrumento de que Deus se
serve para a realização de seus desígnios, e essas calamidades são algumas
vezes um meio de fazer um povo avançar mais rapidamente.
584 a Aquele que é o instrumento dessas calamidades passageiras
é estranho ao bem que pode resultar disso, uma vez que visava a
um objetivo apenas pessoal; apesar disso, se aproveitará desse bem?
– Cada um é recompensado de acordo com suas obras, o bem que
quis fazer e a retidão de suas intenções.
585 Que pensais da divisão da natureza em três reinos, ou melhor,
em duas classes: os seres orgânicos e os inorgânicos1? Alguns
fazem da espécie humana uma quarta classe2. Qual dessas divisões
é preferível?
– Todas são boas, dependendo do ponto de vista. Sob o ponto de vista
material, há apenas seres orgânicos e inorgânicos; sob o ponto de vista
moral há, evidentemente, quatro graus.
– A importância das missões depende da capacidade e elevação do
Espírito. O estafeta que leva uma mensagem cumpre também uma missão,
mas não é a mesma do general.
572 A missão é imposta a um Espírito ou depende de sua vontade?
– Ele a pede e fica feliz por obtê-la.
572 a A mesma missão pode ser pedida por vários Espíritos?
– Sim, muitas vezes, há vários candidatos, mas nem todos são aceitos.
573 Em que consiste a missão dos Espíritos quando encarnados?
– Instruir os homens, ajudar em seu adiantamento, melhorar suas instituições
pelos meios diretos e materiais; mas as missões são mais ou
menos gerais e importantes: aquele que cultiva a terra realiza uma missão,
como aquele que governa ou que instrui. Tudo se encadeia na Natureza;
ao mesmo tempo que o Espírito se depura pela encarnação, concorre,
dessa forma, para a realização dos desígnios da Providência. Cada um
tem sua missão na Terra, cada um pode ser útil para alguma coisa.
574 Qual pode ser a missão das pessoas voluntariamente inúteis
na Terra?
– Há, realmente, pessoas que vivem somente para si mesmas e não
sabem se tornar úteis para nada. São pobres seres dignos de compaixão,
porque expiarão cruelmente sua inutilidade voluntária e, muitas vezes, seu
castigo começa na Terra, pelo tédio e desgosto da vida.
574 a Uma vez que fizeram a escolha, por que preferiram uma
vida sem nenhum proveito?
– Entre os Espíritos há também preguiçosos que recuam diante de
uma vida de trabalho. Deus lhes permite assim agir. Compreenderão mais
tarde e à sua custa os inconvenientes de sua inutilidade e serão os primeiros
a pedir para reparar o tempo perdido. Pode ocorrer também que tenham
escolhido uma vida mais útil; porém, uma vez encarnados, recuam e se
deixam levar por Espíritos que os induzem à ociosidade.
575 As ocupações comuns mais nos parecem deveres do que
missões propriamente ditas. A missão, conforme a idéia ligada a essa
palavra, tem um caráter menos exclusivo e, principalmente, menos
pessoal. Sob esse ponto de vista, como reconhecer que um homem
tenha uma missão sobre a Terra?
– Pelas grandes coisas que realiza, pelo progresso a que conduz seus
semelhantes.
576 Os homens que têm uma missão importante são predestinados
antes de seu nascimento e têm conhecimento disso?
– Algumas vezes, sim; na maioria das vezes, a ignoram. Têm apenas
um objetivo vago ao vir à Terra; sua missão se revela após seu nascimento
e de acordo com as circunstâncias. Deus os direciona para o caminho
onde devem cumprir seus desígnios.
577 Quando um homem faz algo útil, é sempre por uma missão
anterior e predestinada, ou pode receber uma missão não prevista?
– Nem tudo que um homem faz é resultado de uma missão predestinada;
ele é, muitas vezes, o instrumento de que um Espírito se serve para
executar algo útil. Por exemplo, um Espírito julga que seria bom escrever
um livro que ele mesmo faria se estivesse encarnado; então, procura o
escritor mais apto a compreender seu pensamento e executá-lo e lhe dá a
idéia, dirigindo-o na execução. Porém, esse homem não veio à Terra com
a missão de fazer essa obra. Ocorre o mesmo com alguns trabalhos de
arte e as descobertas. É preciso dizer ainda que, durante o sono do corpo,
o Espírito encarnado se comunica diretamente com o Espírito desencarnado
errante e se entendem sobre a execução de tarefas.
578 O Espírito pode falhar em sua missão por sua própria culpa?
– Sim, se não é um Espírito Superior.
578 a Quais são as conseqüências disso?
– Será preciso refazer sua tarefa: está aí sua punição; também sofrerá
as conseqüências do mal que tiver causado.
579 Uma vez que o Espírito recebe sua missão de Deus, como
Deus pode confiar uma missão importante e de interesse geral a um
Espírito que poderia falhar?
– Deus não sabe se seu general terá a vitória ou se será vencido? Ele
o sabe, estejai certos disso, e seus planos, quando são importantes, não
são confiados aos que podem abandonar sua obra no meio. Toda a questão
está no conhecimento do futuro que Deus possui, mas que não vos é
dado a conhecer.
580 O Espírito que encarna para cumprir uma missão tem a mesma
apreensão daquele que o faz como prova?
– Não, ele já tem a experiência.
581 Os homens que são a luz do gênero humano, que o clareiam
por seu gênio, têm certamente uma missão; mas entre eles há os que
erram e, ao lado das grandes verdades, propagam grandes erros. Como
se deve considerar a missão desses homens?
– Como enganados por eles mesmos. Estão abaixo da tarefa a que
se propuseram. É preciso, entretanto, se dar conta das circunstâncias; os
homens de gênio devem falar conforme os tempos, e um ensinamento
que se considera errôneo ou infantil para uma época avançada podia ser
suficiente para o século em que foi divulgado.
582 Pode a paternidade ser considerada uma missão?
– É, sem dúvida, uma missão, e é ao mesmo tempo um dever muito
grande que obriga, mais que o homem pensa, sua responsabilidade diante
do futuro. Deus colocou a criança sob a tutela de seus pais para que
esses a dirijam no caminho do bem, e facilitou a tarefa, dando à criança um
organismo frágil e delicado que a torna acessível a todas as influências.
Mas há os que se ocupam mais em endireitar as árvores de seu pomar e
as fazer produzir bons frutos do que endireitar o caráter de seu filho. Se
esse fracassa por erro deles, carregarão a pena e os sofrimentos do filho
na vida futura, que recairão sobre eles, porque não fizeram o que deles
dependia para seu adiantamento no caminho do bem.
583 Se uma criança se torna má, apesar dos cuidados de seus
pais, eles são responsáveis?
– Não; porém quanto mais as disposições da criança são más, mais
a tarefa é difícil e maior será o mérito se conseguirem desviá-la do caminho
do mal.
583 a Se uma criança se torna um homem de bem, apesar da
negligência ou dos maus exemplos de seus pais, eles se beneficiam
de alguma forma disso?
– Deus é justo.
584 Qual pode ser a natureza da missão do conquistador, que
tem em vista apenas satisfazer sua ambição, e para atingir esse objetivo,
não recua diante das calamidades que ocasiona?
– É, na maioria das vezes, apenas um instrumento de que Deus se
serve para a realização de seus desígnios, e essas calamidades são algumas
vezes um meio de fazer um povo avançar mais rapidamente.
584 a Aquele que é o instrumento dessas calamidades passageiras
é estranho ao bem que pode resultar disso, uma vez que visava a
um objetivo apenas pessoal; apesar disso, se aproveitará desse bem?
– Cada um é recompensado de acordo com suas obras, o bem que
quis fazer e a retidão de suas intenções.
585 Que pensais da divisão da natureza em três reinos, ou melhor,
em duas classes: os seres orgânicos e os inorgânicos1? Alguns
fazem da espécie humana uma quarta classe2. Qual dessas divisões
é preferível?
– Todas são boas, dependendo do ponto de vista. Sob o ponto de vista
material, há apenas seres orgânicos e inorgânicos; sob o ponto de vista
moral há, evidentemente, quatro graus.
domingo, 22 de novembro de 2009
Serie de perguntas e respostas n38
556 Algumas pessoas têm verdadeiramente o dom de curar pelo
simples toque?
– O poder magnético pode chegar a esse ponto quando se alia à
pureza dos sentimentos e um ardente desejo de fazer o bem, porque os
bons Espíritos vêm em sua ajuda, mas é preciso desconfiar da maneira
como as coisas são contadas por pessoas muito crédulas ou entusiasmadas,
sempre dispostas a ver o maravilhoso nas coisas mais simples e
naturais. É preciso, também, desconfiar das narrações interesseiras das
pessoas que exploram a credulidade em seu proveito.
BÊNÇÃO E MALDIÇÃO
557 A bênção e a maldição podem atrair o bem e o mal sobre
aqueles em quem são lançadas?
– Deus não escuta uma maldição injusta e aquele que a pronuncia é
culpado a seus olhos. Como temos os dois opostos, o bem e o mal, ela
pode ter uma influência momentânea, até mesmo sobre a matéria; mas
essa influência ocorre apenas pela vontade de Deus e como acréscimo
de prova para aquele que dela é objeto. Além disso, muitas vezes, se
maldizem os maus e se abençoam os bons. A bênção e a maldição não
podem nunca desviar a Providência do caminho da justiça e nunca atinge
o maldito senão quando é mau. A sua proteção cobre apenas aquele que
a merece.
558 Os Espíritos fazem outra coisa além de se aperfeiçoar individualmente?
– Eles concorrem para a harmonia do universo ao executar os desígnios
de Deus, de quem são os ministros. A vida espírita é uma ocupação
contínua, mas não é sofrida, como na Terra, porque não há o cansaço
corporal, nem as angústias da necessidade.
559 Os Espíritos inferiores e imperfeitos também cumprem um
papel útil no universo?
– Todos têm deveres a cumprir. O último dos pedreiros não participa na
construção de um edifício tanto quanto um arquiteto? (Veja a questão 540.)
560 Cada um dos Espíritos tem atribuições especiais?
– Todos nós devemos habitar em todos os lugares e adquirir o conhecimento
de todas as coisas ao exercer funções sucessivas e em todas as
partes do universo. Mas, como está dito no Eclesiastes1, há um tempo
para tudo; assim, um cumpre hoje sua missão neste mundo, outro o cumprirá
ou cumpriu em uma outra época, na terra, na água, no ar, etc.
561 As funções que os Espíritos realizam na ordem das coisas
são permanentes para cada um e estão nas atribuições exclusivas de
algumas classes?
– Todos devem percorrer os diferentes graus da escala para se aperfeiçoar.
Deus, que é justo, não poderia dar a uns a ciência sem trabalho
enquanto outros a adquirem apenas com esforço.
562 Os Espíritos de ordem mais elevada, não tendo mais nada a
adquirir, estão numa espécie de repouso absoluto ou também têm
ocupações?
– O que quereríeis que fizessem durante a eternidade? A ociosidade
eterna seria um suplício eterno.
562 a Qual a natureza de suas ocupações?
– Receber diretamente as ordens de Deus, transmiti-las em todo o
universo e velar pela sua execução.
563 As ocupações dos Espíritos são incessantes?
– Incessantes, sim, entendendo-se que seu pensamento é sempre
ativo, pois vivem pelo pensamento. Mas é preciso não comparar as ocupações
dos Espíritos às ocupações materiais dos homens. A atividade é
para eles um prazer, pela consciência que têm de serem úteis.
563 a Isso se concebe para os bons Espíritos; mas ocorre o mesmo
com os Espíritos inferiores?
– Os Espíritos inferiores têm ocupações apropriadas à sua natureza.
Acaso confiais ao aprendiz e ao ignorante os trabalhos do homem de inteligência?
564 Entre os Espíritos há os que são ociosos ou que não se
ocupam com nenhuma coisa útil?
– Sim, mas esse estado é temporário e depende do desenvolvimento
de sua inteligência. Certamente há, como entre os homens, os que vivem
somente para si mesmos; mas essa ociosidade lhes pesa e cedo ou tarde
o desejo de avançar lhes faz sentir que a atividade é necessária e ficam
felizes em se tornar úteis. Falamos dos Espíritos que atingiram o ponto de
ter consciência de si mesmos e de seu livre-arbítrio. Em sua origem, nesse
despertar, são como crianças que acabam de nascer e que agem mais
por instinto do que por vontade determinada.
565 Os Espíritos examinam nossos trabalhos de arte e se interessam
por eles?
– Examinam o que possa provar a elevação dos Espíritos e seu progresso.
566 Um Espírito que teve uma especialidade na Terra, um pintor,
um arquiteto, por exemplo, se interessa pelos trabalhos de sua predileção
durante a vida?
– Tudo se confunde num objetivo geral. Sendo bom, se interessa tanto
quanto lhe é permitido se ocupar em ajudar as almas a se elevarem até
Deus. Esqueceis, aliás, que um Espírito que praticou uma arte na existência
em que o conhecestes pode ter praticado uma outra em anterior existência,
porque é preciso que saiba tudo para ser perfeito. Assim, conforme o grau
de seu adiantamento, pode não haver mais especialidade para ele; é o que
quis dizer, afirmando que tudo se confunde em um objetivo geral. Notai
ainda isso: o que é sublime para vosso mundo atrasado é apenas criancice
nos mundos mais avançados. Como quereis que os Espíritos que habitam
esses mundos onde existem artes desconhecidas para vós admirem o que
para eles é somente obra de um estudante? É como vos disse: eles se
interessam por tudo que pode revelar o progresso.
566 a Concebemos que deve ser assim para os Espíritos mais
avançados; falamos, contudo, dos Espíritos comuns que ainda não se
elevaram acima das idéias terrenas.
– Para estes é diferente; o ponto de vista sob o qual observam tudo é
mais limitado e podem admirar o que vós mesmos admirais.
567 Os Espíritos se intrometem, algumas vezes, em nossas ocupações
e prazeres?
– Os Espíritos comuns, sim; estes estão sem cessar ao vosso redor e
algumas vezes tomam parte ativa no que fazeis, conforme sua natureza, e
isso é necessário para estimular os homens nos diferentes caminhos da
vida, excitar ou moderar suas paixões.
568 Os Espíritos que têm missões as cumprem no estado errante
ou encarnados?
– Podem tê-las em ambos os estados; para alguns Espíritos errantes
é uma grande ocupação.
569 Em que consistem as missões de que podem estar encarregados
os Espíritos errantes?
– São tão variadas que seria impossível descrevê-las; além do que,
não as podeis compreender. Os Espíritos executam as vontades de Deus
e não podeis penetrar nos seus desígnios.
570 Os Espíritos sempre têm consciência dos desígnios que são
encarregados de executar?
– Não; há os que são instrumentos cegos, mas outros sabem muito
bem com que objetivo agem.
simples toque?
– O poder magnético pode chegar a esse ponto quando se alia à
pureza dos sentimentos e um ardente desejo de fazer o bem, porque os
bons Espíritos vêm em sua ajuda, mas é preciso desconfiar da maneira
como as coisas são contadas por pessoas muito crédulas ou entusiasmadas,
sempre dispostas a ver o maravilhoso nas coisas mais simples e
naturais. É preciso, também, desconfiar das narrações interesseiras das
pessoas que exploram a credulidade em seu proveito.
BÊNÇÃO E MALDIÇÃO
557 A bênção e a maldição podem atrair o bem e o mal sobre
aqueles em quem são lançadas?
– Deus não escuta uma maldição injusta e aquele que a pronuncia é
culpado a seus olhos. Como temos os dois opostos, o bem e o mal, ela
pode ter uma influência momentânea, até mesmo sobre a matéria; mas
essa influência ocorre apenas pela vontade de Deus e como acréscimo
de prova para aquele que dela é objeto. Além disso, muitas vezes, se
maldizem os maus e se abençoam os bons. A bênção e a maldição não
podem nunca desviar a Providência do caminho da justiça e nunca atinge
o maldito senão quando é mau. A sua proteção cobre apenas aquele que
a merece.
558 Os Espíritos fazem outra coisa além de se aperfeiçoar individualmente?
– Eles concorrem para a harmonia do universo ao executar os desígnios
de Deus, de quem são os ministros. A vida espírita é uma ocupação
contínua, mas não é sofrida, como na Terra, porque não há o cansaço
corporal, nem as angústias da necessidade.
559 Os Espíritos inferiores e imperfeitos também cumprem um
papel útil no universo?
– Todos têm deveres a cumprir. O último dos pedreiros não participa na
construção de um edifício tanto quanto um arquiteto? (Veja a questão 540.)
560 Cada um dos Espíritos tem atribuições especiais?
– Todos nós devemos habitar em todos os lugares e adquirir o conhecimento
de todas as coisas ao exercer funções sucessivas e em todas as
partes do universo. Mas, como está dito no Eclesiastes1, há um tempo
para tudo; assim, um cumpre hoje sua missão neste mundo, outro o cumprirá
ou cumpriu em uma outra época, na terra, na água, no ar, etc.
561 As funções que os Espíritos realizam na ordem das coisas
são permanentes para cada um e estão nas atribuições exclusivas de
algumas classes?
– Todos devem percorrer os diferentes graus da escala para se aperfeiçoar.
Deus, que é justo, não poderia dar a uns a ciência sem trabalho
enquanto outros a adquirem apenas com esforço.
562 Os Espíritos de ordem mais elevada, não tendo mais nada a
adquirir, estão numa espécie de repouso absoluto ou também têm
ocupações?
– O que quereríeis que fizessem durante a eternidade? A ociosidade
eterna seria um suplício eterno.
562 a Qual a natureza de suas ocupações?
– Receber diretamente as ordens de Deus, transmiti-las em todo o
universo e velar pela sua execução.
563 As ocupações dos Espíritos são incessantes?
– Incessantes, sim, entendendo-se que seu pensamento é sempre
ativo, pois vivem pelo pensamento. Mas é preciso não comparar as ocupações
dos Espíritos às ocupações materiais dos homens. A atividade é
para eles um prazer, pela consciência que têm de serem úteis.
563 a Isso se concebe para os bons Espíritos; mas ocorre o mesmo
com os Espíritos inferiores?
– Os Espíritos inferiores têm ocupações apropriadas à sua natureza.
Acaso confiais ao aprendiz e ao ignorante os trabalhos do homem de inteligência?
564 Entre os Espíritos há os que são ociosos ou que não se
ocupam com nenhuma coisa útil?
– Sim, mas esse estado é temporário e depende do desenvolvimento
de sua inteligência. Certamente há, como entre os homens, os que vivem
somente para si mesmos; mas essa ociosidade lhes pesa e cedo ou tarde
o desejo de avançar lhes faz sentir que a atividade é necessária e ficam
felizes em se tornar úteis. Falamos dos Espíritos que atingiram o ponto de
ter consciência de si mesmos e de seu livre-arbítrio. Em sua origem, nesse
despertar, são como crianças que acabam de nascer e que agem mais
por instinto do que por vontade determinada.
565 Os Espíritos examinam nossos trabalhos de arte e se interessam
por eles?
– Examinam o que possa provar a elevação dos Espíritos e seu progresso.
566 Um Espírito que teve uma especialidade na Terra, um pintor,
um arquiteto, por exemplo, se interessa pelos trabalhos de sua predileção
durante a vida?
– Tudo se confunde num objetivo geral. Sendo bom, se interessa tanto
quanto lhe é permitido se ocupar em ajudar as almas a se elevarem até
Deus. Esqueceis, aliás, que um Espírito que praticou uma arte na existência
em que o conhecestes pode ter praticado uma outra em anterior existência,
porque é preciso que saiba tudo para ser perfeito. Assim, conforme o grau
de seu adiantamento, pode não haver mais especialidade para ele; é o que
quis dizer, afirmando que tudo se confunde em um objetivo geral. Notai
ainda isso: o que é sublime para vosso mundo atrasado é apenas criancice
nos mundos mais avançados. Como quereis que os Espíritos que habitam
esses mundos onde existem artes desconhecidas para vós admirem o que
para eles é somente obra de um estudante? É como vos disse: eles se
interessam por tudo que pode revelar o progresso.
566 a Concebemos que deve ser assim para os Espíritos mais
avançados; falamos, contudo, dos Espíritos comuns que ainda não se
elevaram acima das idéias terrenas.
– Para estes é diferente; o ponto de vista sob o qual observam tudo é
mais limitado e podem admirar o que vós mesmos admirais.
567 Os Espíritos se intrometem, algumas vezes, em nossas ocupações
e prazeres?
– Os Espíritos comuns, sim; estes estão sem cessar ao vosso redor e
algumas vezes tomam parte ativa no que fazeis, conforme sua natureza, e
isso é necessário para estimular os homens nos diferentes caminhos da
vida, excitar ou moderar suas paixões.
568 Os Espíritos que têm missões as cumprem no estado errante
ou encarnados?
– Podem tê-las em ambos os estados; para alguns Espíritos errantes
é uma grande ocupação.
569 Em que consistem as missões de que podem estar encarregados
os Espíritos errantes?
– São tão variadas que seria impossível descrevê-las; além do que,
não as podeis compreender. Os Espíritos executam as vontades de Deus
e não podeis penetrar nos seus desígnios.
570 Os Espíritos sempre têm consciência dos desígnios que são
encarregados de executar?
– Não; há os que são instrumentos cegos, mas outros sabem muito
bem com que objetivo agem.
sábado, 21 de novembro de 2009
Serie de perguntas e respostas n37
OS ESPÍRITOS DURANTE OS COMBATES
541 Durante uma batalha há Espíritos que assistem e sustentam
cada lado?
– Sim, e que estimulam a coragem de ambos os lados.
542 Numa guerra, a justiça está sempre de um lado; como é que
os Espíritos tomam partido por aquele que errou?
– Sabeis bem que há Espíritos que procuram apenas discórdia e destruição;
para eles, guerra é guerra: a justiça da causa pouco os preocupa.
543 Alguns Espíritos podem influenciar o general na concepção
dos seus planos de campanha?
– Sem dúvida nenhuma. Os Espíritos podem influenciar nesse sentido,
como em todas as concepções.
544 Os maus Espíritos poderiam inspirar a um general um plano
errôneo para levá-lo à derrota?
– Sim; mas ele não tem seu livre-arbítrio? Se seu julgamento não permite
distinguir uma idéia justa de uma falsa, sofrerá as conseqüências disso,
e faria melhor obedecer do que comandar.
545 O general pode, algumas vezes, ser guiado por uma espécie
de segunda vista, uma vista intuitiva que lhe mostra antecipadamente
o resultado de sua estratégia?
– É muitas vezes assim que ocorre com o homem de gênio. É o que
ele chama inspiração e faz com que aja com uma espécie de certeza.
Essa inspiração vem dos Espíritos que o dirigem e se servem das faculdades
de que é dotado.
546 No tumulto do combate, o que acontece com os Espíritos
que morrem? Ainda se interessam pela luta após a morte?
– Alguns se interessam; outros se afastam.
547 Após a morte, os Espíritos que se combatiam enquanto vivos
se reconhecem por inimigos e ainda lutam uns contra os outros?
– O Espírito nessas horas nunca está calmo; no primeiro momento ainda
pode odiar seu inimigo e até mesmo persegui-lo, mas quando as idéias
lhe retornam vê que seu ódio não tem mais objetivo; entretanto, ainda pode
conservar traços dessas idéias mais ou menos fortes, conforme seu caráter.
547 a Percebe ainda o rumor da batalha?
– Sim, perfeitamente.
548 O Espírito que assiste com sangue-frio a um combate, como
espectador, testemunha a separação da alma e do corpo. Como esse
fenômeno se apresenta a ele?
– Há poucas mortes instantâneas. Quase sempre, o Espírito cujo corpo
vem a ser mortalmente ferido não tem consciência disso no momento.
Quando começa a reconhecer sua condição é que pode distinguir o Espírito
a mover-se ao lado do cadáver; isso parece tão natural que a visão do
corpo morto não lhe causa nenhum efeito desagradável. Como a essência
da vida está toda concentrada no Espírito, só ele atrai a atenção; é com ele
que conversa, ou a ele que se dirige.
PACTOS
549 Há alguma coisa de verdadeiro nos pactos com maus Espíritos?
– Não, não há pactos. O que há é uma má natureza que simpatiza
com os maus Espíritos. Por exemplo: quereis atormentar vosso vizinho e
não sabeis como fazê-lo; então, chamais os Espíritos inferiores que, como
vós, querem apenas o mal. E para vos ajudar querem também ser servidos
nos seus maus propósitos. Mas não se segue daí que vosso vizinho
não possa se livrar deles por meio de uma ação contrária e por sua vontade.
Aquele que quer cometer uma má ação atrai, pelo simples fato de
querer, os maus Espíritos para o auxiliar; então, fica obrigado a servi-los
por sua vez, porque eles também têm necessidade dele para o mal que
queiram fazer. É somente nisso que consiste o pacto.
550 Qual o sentido das lendas fantásticas em que os indivíduos
teriam vendido sua alma a Satanás para obter favores?
– Todas as fábulas encerram um ensinamento e um sentido moral. O erro
é tomá-las ao pé da letra. Essa é uma lenda que se pode explicar assim:
aquele que chama em sua ajuda os Espíritos para obter os dons da riqueza ou
qualquer outro favor rebela-se contra a Providência, renuncia à missão que
recebeu e às provas por que precisa passar na Terra e sofrerá as conseqüências
na vida futura. Isso não significa que sua alma esteja sempre condenada
ao sofrimento. Mas, se em vez de se libertar da matéria, a ela se liga cada vez
mais, o que foi para ele uma alegria na Terra não o será no mundo dos Espíritos
até que tenha resgatado a sua falta por novas provas, talvez maiores e
mais difíceis. Por seu apego aos prazeres materiais, coloca-se sob a dependência
dos Espíritos impuros. Fica assim estabelecido entre ambos um pacto
tácito que o conduz à perdição, mas que é sempre fácil de romper com a
assistência dos bons Espíritos, se para isso tiver vontade firme.
PODER OCULTO. TALISMÃS. FEITICEIROS
551 Pode um homem mau, com a ajuda de um mau Espírito que
lhe é devotado, fazer o mal a seu próximo?
– Não. A Lei de Deus não o permite.
552 O que pensar da crença no poder que certas pessoas teriam
de enfeitiçar?
– Algumas pessoas têm um poder magnético muito grande do qual
podem fazer mau uso se seu próprio Espírito é mau e, nesse caso, podem
ser ajudadas por outros maus Espíritos. Entretanto, não acrediteis nesse
pretenso poder mágico que está apenas na imaginação das pessoas supersticiosas,
ignorantes das verdadeiras leis da natureza. Os fatos que
citam para comprovar o seu poder são fatos naturais mal observados e,
principalmente, mal compreendidos.
553 Qual pode ser o efeito das fórmulas e práticas com que algumas
pessoas pretendem dispor da cooperação dos Espíritos?
– É o efeito de torná-las ridículas se forem pessoas de boa-fé. Caso
contrário, são patifes que merecem castigo. Todas as fórmulas são enganosas;
não há nenhuma palavra sacramental, nenhum sinal cabalístico,
nenhum talismã que tenha qualquer ação sobre os Espíritos, porque eles
são atraídos somente pelo pensamento e não pelas coisas materiais.
553 a Alguns Espíritos não têm, às vezes, ditado fórmulas cabalísticas?
– Sim, há Espíritos que indicam sinais, palavras esquisitas ou prescrevem
alguns atos com a ajuda dos quais fazeis o que chamais de tramas
secretas; mas ficais bem certos: são Espíritos que zombam e abusam de
vossa credulidade.
554 Aquele que, errado ou certo, tem confiança no que chama
virtude de um talismã, não pode por essa própria confiança atrair um
Espírito, já que é o pensamento que age? O talismã não será apenas
um sinal que ajuda a dirigir o pensamento?
– É verdade; mas a natureza do Espírito atraído depende da pureza da
intenção e da elevação dos sentimentos; portanto, devemos crer que aquele
que é tão simples para acreditar na virtude de um talismã não tenha um
objetivo mais material do que moral. Além do mais, em todos os casos,
isso indica uma inferioridade e fraqueza de idéias que o expõem aos Espíritos
imperfeitos e zombeteiros.
555 Que sentido se deve dar à qualificação de feiticeiro?
– Aqueles que chamais feiticeiros são pessoas, quando de boa-fé,
dotadas de algumas faculdades, como o poder magnético ou a dupla
vista. Então, como fazem coisas que não compreendeis, acreditais que
são dotados de um poder sobrenatural. Vossos sábios, freqüentemente,
têm passado por feiticeiros aos olhos das pessoas ignorantes.
541 Durante uma batalha há Espíritos que assistem e sustentam
cada lado?
– Sim, e que estimulam a coragem de ambos os lados.
542 Numa guerra, a justiça está sempre de um lado; como é que
os Espíritos tomam partido por aquele que errou?
– Sabeis bem que há Espíritos que procuram apenas discórdia e destruição;
para eles, guerra é guerra: a justiça da causa pouco os preocupa.
543 Alguns Espíritos podem influenciar o general na concepção
dos seus planos de campanha?
– Sem dúvida nenhuma. Os Espíritos podem influenciar nesse sentido,
como em todas as concepções.
544 Os maus Espíritos poderiam inspirar a um general um plano
errôneo para levá-lo à derrota?
– Sim; mas ele não tem seu livre-arbítrio? Se seu julgamento não permite
distinguir uma idéia justa de uma falsa, sofrerá as conseqüências disso,
e faria melhor obedecer do que comandar.
545 O general pode, algumas vezes, ser guiado por uma espécie
de segunda vista, uma vista intuitiva que lhe mostra antecipadamente
o resultado de sua estratégia?
– É muitas vezes assim que ocorre com o homem de gênio. É o que
ele chama inspiração e faz com que aja com uma espécie de certeza.
Essa inspiração vem dos Espíritos que o dirigem e se servem das faculdades
de que é dotado.
546 No tumulto do combate, o que acontece com os Espíritos
que morrem? Ainda se interessam pela luta após a morte?
– Alguns se interessam; outros se afastam.
547 Após a morte, os Espíritos que se combatiam enquanto vivos
se reconhecem por inimigos e ainda lutam uns contra os outros?
– O Espírito nessas horas nunca está calmo; no primeiro momento ainda
pode odiar seu inimigo e até mesmo persegui-lo, mas quando as idéias
lhe retornam vê que seu ódio não tem mais objetivo; entretanto, ainda pode
conservar traços dessas idéias mais ou menos fortes, conforme seu caráter.
547 a Percebe ainda o rumor da batalha?
– Sim, perfeitamente.
548 O Espírito que assiste com sangue-frio a um combate, como
espectador, testemunha a separação da alma e do corpo. Como esse
fenômeno se apresenta a ele?
– Há poucas mortes instantâneas. Quase sempre, o Espírito cujo corpo
vem a ser mortalmente ferido não tem consciência disso no momento.
Quando começa a reconhecer sua condição é que pode distinguir o Espírito
a mover-se ao lado do cadáver; isso parece tão natural que a visão do
corpo morto não lhe causa nenhum efeito desagradável. Como a essência
da vida está toda concentrada no Espírito, só ele atrai a atenção; é com ele
que conversa, ou a ele que se dirige.
PACTOS
549 Há alguma coisa de verdadeiro nos pactos com maus Espíritos?
– Não, não há pactos. O que há é uma má natureza que simpatiza
com os maus Espíritos. Por exemplo: quereis atormentar vosso vizinho e
não sabeis como fazê-lo; então, chamais os Espíritos inferiores que, como
vós, querem apenas o mal. E para vos ajudar querem também ser servidos
nos seus maus propósitos. Mas não se segue daí que vosso vizinho
não possa se livrar deles por meio de uma ação contrária e por sua vontade.
Aquele que quer cometer uma má ação atrai, pelo simples fato de
querer, os maus Espíritos para o auxiliar; então, fica obrigado a servi-los
por sua vez, porque eles também têm necessidade dele para o mal que
queiram fazer. É somente nisso que consiste o pacto.
550 Qual o sentido das lendas fantásticas em que os indivíduos
teriam vendido sua alma a Satanás para obter favores?
– Todas as fábulas encerram um ensinamento e um sentido moral. O erro
é tomá-las ao pé da letra. Essa é uma lenda que se pode explicar assim:
aquele que chama em sua ajuda os Espíritos para obter os dons da riqueza ou
qualquer outro favor rebela-se contra a Providência, renuncia à missão que
recebeu e às provas por que precisa passar na Terra e sofrerá as conseqüências
na vida futura. Isso não significa que sua alma esteja sempre condenada
ao sofrimento. Mas, se em vez de se libertar da matéria, a ela se liga cada vez
mais, o que foi para ele uma alegria na Terra não o será no mundo dos Espíritos
até que tenha resgatado a sua falta por novas provas, talvez maiores e
mais difíceis. Por seu apego aos prazeres materiais, coloca-se sob a dependência
dos Espíritos impuros. Fica assim estabelecido entre ambos um pacto
tácito que o conduz à perdição, mas que é sempre fácil de romper com a
assistência dos bons Espíritos, se para isso tiver vontade firme.
PODER OCULTO. TALISMÃS. FEITICEIROS
551 Pode um homem mau, com a ajuda de um mau Espírito que
lhe é devotado, fazer o mal a seu próximo?
– Não. A Lei de Deus não o permite.
552 O que pensar da crença no poder que certas pessoas teriam
de enfeitiçar?
– Algumas pessoas têm um poder magnético muito grande do qual
podem fazer mau uso se seu próprio Espírito é mau e, nesse caso, podem
ser ajudadas por outros maus Espíritos. Entretanto, não acrediteis nesse
pretenso poder mágico que está apenas na imaginação das pessoas supersticiosas,
ignorantes das verdadeiras leis da natureza. Os fatos que
citam para comprovar o seu poder são fatos naturais mal observados e,
principalmente, mal compreendidos.
553 Qual pode ser o efeito das fórmulas e práticas com que algumas
pessoas pretendem dispor da cooperação dos Espíritos?
– É o efeito de torná-las ridículas se forem pessoas de boa-fé. Caso
contrário, são patifes que merecem castigo. Todas as fórmulas são enganosas;
não há nenhuma palavra sacramental, nenhum sinal cabalístico,
nenhum talismã que tenha qualquer ação sobre os Espíritos, porque eles
são atraídos somente pelo pensamento e não pelas coisas materiais.
553 a Alguns Espíritos não têm, às vezes, ditado fórmulas cabalísticas?
– Sim, há Espíritos que indicam sinais, palavras esquisitas ou prescrevem
alguns atos com a ajuda dos quais fazeis o que chamais de tramas
secretas; mas ficais bem certos: são Espíritos que zombam e abusam de
vossa credulidade.
554 Aquele que, errado ou certo, tem confiança no que chama
virtude de um talismã, não pode por essa própria confiança atrair um
Espírito, já que é o pensamento que age? O talismã não será apenas
um sinal que ajuda a dirigir o pensamento?
– É verdade; mas a natureza do Espírito atraído depende da pureza da
intenção e da elevação dos sentimentos; portanto, devemos crer que aquele
que é tão simples para acreditar na virtude de um talismã não tenha um
objetivo mais material do que moral. Além do mais, em todos os casos,
isso indica uma inferioridade e fraqueza de idéias que o expõem aos Espíritos
imperfeitos e zombeteiros.
555 Que sentido se deve dar à qualificação de feiticeiro?
– Aqueles que chamais feiticeiros são pessoas, quando de boa-fé,
dotadas de algumas faculdades, como o poder magnético ou a dupla
vista. Então, como fazem coisas que não compreendeis, acreditais que
são dotados de um poder sobrenatural. Vossos sábios, freqüentemente,
têm passado por feiticeiros aos olhos das pessoas ignorantes.
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Serie de perguntas e respostas n36
526 Os Espíritos, tendo ação sobre a matéria, podem provocar
alguns efeitos para realizar um acontecimento? Por exemplo, um homem
deve morrer: ele sobe uma escada de madeira, a escada se
quebra e o homem morre; são os Espíritos que fazem quebrar a escada
para realizar o destino desse homem?
– É certo que os Espíritos têm ação sobre a matéria, mas para a realização
das leis da natureza e não para as anular ao fazer surgir num certo
momento um acontecimento inesperado e contrário a essas leis. No exemplo
apresentado, a escada se quebra porque estava gasta e fraca ou não
era suficientemente forte para suportar o peso do homem. Se por expiação
esse homem tivesse que morrer assim, os Espíritos lhe inspirariam o
pensamento de subir nessa escada, que, por ser velha, se quebraria com
seu peso, e sua morte teria lugar por efeito natural, sem que fosse necessário
fazer um milagre, isto é, anulando uma lei natural de fazer quebrar
uma escada boa e forte.
527 Tomemos um outro exemplo em que o estado natural da matéria
não seja importante. Um homem deve morrer fulminado por um
raio; ele se refugia sob uma árvore, o raio brilha, explode e o mata. Os
Espíritos puderam provocar o raio e dirigi-lo até ele?
– É ainda a mesma coisa. O raio atingiu a árvore nesse momento
porque estava nas leis da natureza que fosse assim; não foi dirigido para
a árvore porque o homem estava debaixo dela. Ao homem, sim, foi inspirado
o pensamento de se refugiar debaixo da árvore em que o raio
deveria cair, porém a árvore seria atingida, estivesse o homem debaixo
dela ou não.
528 Um homem mal-intencionado dispara uma arma contra outro,
a bala passa de raspão e não o atinge. Um Espírito benevolente
pode tê-la desviado?
– Se o indivíduo não deve ser atingido, o Espírito benevolente lhe
inspirará o pensamento de se desviar ou poderá dificultar a pontaria do
seu inimigo de modo a fazê-lo enxergar mal. Mas a bala, uma vez disparada,
segue a linha que deve percorrer.
529 O que se deve pensar das balas encantadas de algumas
lendas que atingem fatalmente um alvo?
– Pura imaginação; o homem adora o maravilhoso e não se contenta
com a maravilha da natureza.
529 a Os Espíritos que dirigem os acontecimentos da vida podem
ser contrariados por Espíritos que queiram o contrário?
– O que Deus quer deve acontecer; se há um atraso ou um impedimento,
é por Sua vontade.
530 Os Espíritos levianos e zombeteiros podem criar pequenos
embaraços que atrapalham nossos projetos e confundir nossas previsões?
Em uma palavra, são autores das chamadas pequenas misérias
da vida humana?
– Eles se satisfazem em causar aborrecimentos que são provas para
exercitar vossa paciência, mas se cansam quando não conseguem nada.
Entretanto, não seria justo nem exato acusá-los de todas as vossas decepções,
de que sois os primeiros responsáveis pela vossa leviandade.
Acreditai, portanto, que, se a vossa baixela de louça se quebra, é antes
pela vossa falta de jeito do que por culpa dos Espíritos.
530 a Os Espíritos que provocam essas inquietações agem por
conseqüência de uma animosidade pessoal ou atacam o primeiro que
chega, sem motivo determinado, unicamente por malícia?
– Ambos os casos. Algumas vezes, são inimigos que fazeis durante
essa vida ou em uma outra, e que vos perseguem; outras vezes, não há
motivos.
531 A maldade dos que nos fizeram mal na Terra se extingue
com a morte?
– Muitas vezes sim, porque reconhecem sua injustiça e o mal que
fizeram. Mas freqüentemente continuam a vos perseguir com persistência,
se estiver nos desígnios da Providência, para continuar a vos provar.
531 a Pode-se pôr um fim a isso? Como?
– Sim, se orar por eles e retribuir o mal com o bem, acabarão por
compreender seus erros. Além disso, se vos colocardes acima de suas
maquinações, eles cessarão, vendo que nada ganham com isso.
532 Os Espíritos têm o poder de afastar os males sobre algumas
pessoas e de atrair para elas a prosperidade?
– Não completamente. Há males que estão nos desígnios da Providência,
mas amenizam vossas dores ao vos dar a paciência e a resignação.
Deveis prestar atenção porque depende muitas vezes de vós afastar
esses males ou pelo menos atenuá-los. Deus vos deu a inteligência
para vos servirdes dela e é principalmente por meio dela que os Espíritos
vêm vos ajudar ao sugerir pensamentos benéficos; mas apenas assistem
àqueles que sabem ajudar-se a si mesmos. É o sentido destas palavras:
“Procurai e encontrareis, batei e se vos abrirá”.
Sabei ainda: o que parece um mal nem sempre é. Freqüentemente,
do mal que vos aflige sairá um bem muito maior. É o que não compreendereis,
enquanto pensardes somente no momento presente ou em vós
mesmos.
533 Os Espíritos podem fazer obter a riqueza, se para isso são
solicitados?
– Algumas vezes como prova, mas, freqüentemente, recusam, como
se recusa a uma criança a satisfação de um pedido absurdo.
533 a Quando atendem, são os bons ou os maus Espíritos que
concedem esses favores?
– Ambos; isso depende da intenção. Na maioria das vezes são Espíritos
que querem vos conduzir ao mal e que encontram um meio fácil de o
conseguir nos prazeres que a riqueza proporciona.
534 Quando sentimos obstáculos fatais em oposição aos nossos
projetos, seria pela influência de algum Espírito?
– Algumas vezes, são os Espíritos. Outras, na maioria delas, é que
escolhestes mal a elaboração e execução do projeto. A posição e o caráter
influem muito. Se insistis num caminho que não é o vosso, não é devido
aos Espíritos: é que sois vosso próprio mau gênio.
535 Quando alguma coisa feliz nos acontece, é a nosso Espírito
protetor que devemos agradecer?
– Agradecei a Deus, sem cuja permissão nada se faz; depois, aos
bons Espíritos, que são seus agentes.
535 a O que acontece quando não agradecemos?
– O que acontece aos ingratos.
535 b Entretanto, há pessoas que não oram nem agradecem e
para as quais tudo dá certo!
– Sim, mas é preciso ver o final. Pagarão bem caro essa felicidade
passageira que não merecem, já que, quanto mais tiverem recebido, mais
contas terão que prestar.
AÇÃO DOS ESPÍRITOS
SOBRE OS FENÔMENOS DA NATUREZA
536 Os grandes fenômenos da Natureza, aqueles que são considerados
como uma perturbação dos elementos, são de causas imprevistas
ou, ao contrário, são providenciais?
– Tudo tem uma razão de ser e nada acontece sem a permissão de
Deus.
536 a Esses fenômenos sempre têm o homem como objetivo?
– Algumas vezes têm uma razão de ser direta para o homem. Entretanto,
na maioria dos casos, têm por objetivo o restabelecimento do equilíbrio
e da harmonia das forças físicas da natureza.
536 b Concebemos perfeitamente que a vontade de Deus seja a
causa primária nisso como em todas as coisas, mas, como sabemos
que os Espíritos têm uma ação sobre a matéria e que são os agentes
da vontade de Deus, perguntamos: alguns dentre eles não exercem
uma influência sobre os elementos para os agitar, acalmar ou dirigir?
– Mas é evidente que exercem e não pode ser de outro modo. Deus
não exerce ação direta sobre a matéria; ele tem agentes devotados em
todos os graus da escala dos mundos.
537 A mitologia dos antigos é inteiramente fundada sobre as idéias
espíritas, com a diferença de que consideravam os Espíritos divindades.
Representavam esses deuses ou Espíritos com atribuições especiais:
assim, uns eram encarregados dos ventos, outros do raio,
outros de presidir a vegetação, etc; essa crença é totalmente destituída
de fundamento?
– Ela é tão pouco destituída de fundamento que ainda está
muito aquém da verdade.
537 a Pela mesma razão, poderia haver Espíritos vivendo no interior
da Terra e dirigindo os fenômenos geológicos?
– Evidentemente esses Espíritos não habitam exatamente o interior da
Terra, mas presidem e dirigem os fenômenos de acordo com suas atribuições.
Um dia, tereis a explicação de todos esses fenômenos e os
compreendereis melhor.
538 Os Espíritos que dirigem os fenômenos da natureza formam
uma categoria especial no mundo espírita? São seres à parte ou Espíritos
que estiveram encarnados como nós?
– Que estiveram ou que estarão.
538 a Esses Espíritos pertencem às ordens superiores ou inferiores
da hierarquia espírita?
– Isso é conforme seja mais ou menos material ou inteligente o papel
que desempenham. Uns comandam, outros executam. Aqueles que executam
as coisas materiais são sempre de uma ordem inferior, entre os
Espíritos como entre os homens.
539 Na produção de alguns fenômenos, as tempestades por exemplo,
é um Espírito que age, ou se reúnem em massa?
– Em massas inumeráveis.
540 Os Espíritos que exercem ação sobre os fenômenos da natureza
agem com conhecimento de causa, pelo seu livre-arbítrio, ou
por um impulso instintivo ou irrefletido?
– Uns sim, outros não. Façamos uma comparação: imaginai essas imensidades
de animais que pouco a pouco fazem sair do mar as ilhas e os arquipélagos,
acreditais que não há nisso um objetivo providencial e que essa
transformação da superfície do globo não seja necessária para a harmonia
geral? Esses são apenas animais da última ordem que realizam essas coisas
para proverem suas necessidades e sem desconfiarem que são os instrumentos
de Deus. Pois bem! Do mesmo modo, os Espíritos mais atrasados
são úteis ao conjunto; enquanto ensaiam para a vidae antes de ter plena
consciência de seus atos e seu livre-arbítrio, agem sobre alguns fenômenos
dos quais são agentes inconscientes. Executam primeiro; mais tarde, quando
sua inteligência estiver mais desenvolvida, comandarão e dirigirão as coisas
do mundo material; mais tarde ainda, poderão dirigir as coisas do mundo
moral. É assim que tudo serve, tudo se encaixa na natureza, desde o átomo
primitivo até o arcanjo que começou pelo átomo; admirável lei de harmonia da
qual vosso Espírito limitado ainda não pode entender o conjunto.
alguns efeitos para realizar um acontecimento? Por exemplo, um homem
deve morrer: ele sobe uma escada de madeira, a escada se
quebra e o homem morre; são os Espíritos que fazem quebrar a escada
para realizar o destino desse homem?
– É certo que os Espíritos têm ação sobre a matéria, mas para a realização
das leis da natureza e não para as anular ao fazer surgir num certo
momento um acontecimento inesperado e contrário a essas leis. No exemplo
apresentado, a escada se quebra porque estava gasta e fraca ou não
era suficientemente forte para suportar o peso do homem. Se por expiação
esse homem tivesse que morrer assim, os Espíritos lhe inspirariam o
pensamento de subir nessa escada, que, por ser velha, se quebraria com
seu peso, e sua morte teria lugar por efeito natural, sem que fosse necessário
fazer um milagre, isto é, anulando uma lei natural de fazer quebrar
uma escada boa e forte.
527 Tomemos um outro exemplo em que o estado natural da matéria
não seja importante. Um homem deve morrer fulminado por um
raio; ele se refugia sob uma árvore, o raio brilha, explode e o mata. Os
Espíritos puderam provocar o raio e dirigi-lo até ele?
– É ainda a mesma coisa. O raio atingiu a árvore nesse momento
porque estava nas leis da natureza que fosse assim; não foi dirigido para
a árvore porque o homem estava debaixo dela. Ao homem, sim, foi inspirado
o pensamento de se refugiar debaixo da árvore em que o raio
deveria cair, porém a árvore seria atingida, estivesse o homem debaixo
dela ou não.
528 Um homem mal-intencionado dispara uma arma contra outro,
a bala passa de raspão e não o atinge. Um Espírito benevolente
pode tê-la desviado?
– Se o indivíduo não deve ser atingido, o Espírito benevolente lhe
inspirará o pensamento de se desviar ou poderá dificultar a pontaria do
seu inimigo de modo a fazê-lo enxergar mal. Mas a bala, uma vez disparada,
segue a linha que deve percorrer.
529 O que se deve pensar das balas encantadas de algumas
lendas que atingem fatalmente um alvo?
– Pura imaginação; o homem adora o maravilhoso e não se contenta
com a maravilha da natureza.
529 a Os Espíritos que dirigem os acontecimentos da vida podem
ser contrariados por Espíritos que queiram o contrário?
– O que Deus quer deve acontecer; se há um atraso ou um impedimento,
é por Sua vontade.
530 Os Espíritos levianos e zombeteiros podem criar pequenos
embaraços que atrapalham nossos projetos e confundir nossas previsões?
Em uma palavra, são autores das chamadas pequenas misérias
da vida humana?
– Eles se satisfazem em causar aborrecimentos que são provas para
exercitar vossa paciência, mas se cansam quando não conseguem nada.
Entretanto, não seria justo nem exato acusá-los de todas as vossas decepções,
de que sois os primeiros responsáveis pela vossa leviandade.
Acreditai, portanto, que, se a vossa baixela de louça se quebra, é antes
pela vossa falta de jeito do que por culpa dos Espíritos.
530 a Os Espíritos que provocam essas inquietações agem por
conseqüência de uma animosidade pessoal ou atacam o primeiro que
chega, sem motivo determinado, unicamente por malícia?
– Ambos os casos. Algumas vezes, são inimigos que fazeis durante
essa vida ou em uma outra, e que vos perseguem; outras vezes, não há
motivos.
531 A maldade dos que nos fizeram mal na Terra se extingue
com a morte?
– Muitas vezes sim, porque reconhecem sua injustiça e o mal que
fizeram. Mas freqüentemente continuam a vos perseguir com persistência,
se estiver nos desígnios da Providência, para continuar a vos provar.
531 a Pode-se pôr um fim a isso? Como?
– Sim, se orar por eles e retribuir o mal com o bem, acabarão por
compreender seus erros. Além disso, se vos colocardes acima de suas
maquinações, eles cessarão, vendo que nada ganham com isso.
532 Os Espíritos têm o poder de afastar os males sobre algumas
pessoas e de atrair para elas a prosperidade?
– Não completamente. Há males que estão nos desígnios da Providência,
mas amenizam vossas dores ao vos dar a paciência e a resignação.
Deveis prestar atenção porque depende muitas vezes de vós afastar
esses males ou pelo menos atenuá-los. Deus vos deu a inteligência
para vos servirdes dela e é principalmente por meio dela que os Espíritos
vêm vos ajudar ao sugerir pensamentos benéficos; mas apenas assistem
àqueles que sabem ajudar-se a si mesmos. É o sentido destas palavras:
“Procurai e encontrareis, batei e se vos abrirá”.
Sabei ainda: o que parece um mal nem sempre é. Freqüentemente,
do mal que vos aflige sairá um bem muito maior. É o que não compreendereis,
enquanto pensardes somente no momento presente ou em vós
mesmos.
533 Os Espíritos podem fazer obter a riqueza, se para isso são
solicitados?
– Algumas vezes como prova, mas, freqüentemente, recusam, como
se recusa a uma criança a satisfação de um pedido absurdo.
533 a Quando atendem, são os bons ou os maus Espíritos que
concedem esses favores?
– Ambos; isso depende da intenção. Na maioria das vezes são Espíritos
que querem vos conduzir ao mal e que encontram um meio fácil de o
conseguir nos prazeres que a riqueza proporciona.
534 Quando sentimos obstáculos fatais em oposição aos nossos
projetos, seria pela influência de algum Espírito?
– Algumas vezes, são os Espíritos. Outras, na maioria delas, é que
escolhestes mal a elaboração e execução do projeto. A posição e o caráter
influem muito. Se insistis num caminho que não é o vosso, não é devido
aos Espíritos: é que sois vosso próprio mau gênio.
535 Quando alguma coisa feliz nos acontece, é a nosso Espírito
protetor que devemos agradecer?
– Agradecei a Deus, sem cuja permissão nada se faz; depois, aos
bons Espíritos, que são seus agentes.
535 a O que acontece quando não agradecemos?
– O que acontece aos ingratos.
535 b Entretanto, há pessoas que não oram nem agradecem e
para as quais tudo dá certo!
– Sim, mas é preciso ver o final. Pagarão bem caro essa felicidade
passageira que não merecem, já que, quanto mais tiverem recebido, mais
contas terão que prestar.
AÇÃO DOS ESPÍRITOS
SOBRE OS FENÔMENOS DA NATUREZA
536 Os grandes fenômenos da Natureza, aqueles que são considerados
como uma perturbação dos elementos, são de causas imprevistas
ou, ao contrário, são providenciais?
– Tudo tem uma razão de ser e nada acontece sem a permissão de
Deus.
536 a Esses fenômenos sempre têm o homem como objetivo?
– Algumas vezes têm uma razão de ser direta para o homem. Entretanto,
na maioria dos casos, têm por objetivo o restabelecimento do equilíbrio
e da harmonia das forças físicas da natureza.
536 b Concebemos perfeitamente que a vontade de Deus seja a
causa primária nisso como em todas as coisas, mas, como sabemos
que os Espíritos têm uma ação sobre a matéria e que são os agentes
da vontade de Deus, perguntamos: alguns dentre eles não exercem
uma influência sobre os elementos para os agitar, acalmar ou dirigir?
– Mas é evidente que exercem e não pode ser de outro modo. Deus
não exerce ação direta sobre a matéria; ele tem agentes devotados em
todos os graus da escala dos mundos.
537 A mitologia dos antigos é inteiramente fundada sobre as idéias
espíritas, com a diferença de que consideravam os Espíritos divindades.
Representavam esses deuses ou Espíritos com atribuições especiais:
assim, uns eram encarregados dos ventos, outros do raio,
outros de presidir a vegetação, etc; essa crença é totalmente destituída
de fundamento?
– Ela é tão pouco destituída de fundamento que ainda está
muito aquém da verdade.
537 a Pela mesma razão, poderia haver Espíritos vivendo no interior
da Terra e dirigindo os fenômenos geológicos?
– Evidentemente esses Espíritos não habitam exatamente o interior da
Terra, mas presidem e dirigem os fenômenos de acordo com suas atribuições.
Um dia, tereis a explicação de todos esses fenômenos e os
compreendereis melhor.
538 Os Espíritos que dirigem os fenômenos da natureza formam
uma categoria especial no mundo espírita? São seres à parte ou Espíritos
que estiveram encarnados como nós?
– Que estiveram ou que estarão.
538 a Esses Espíritos pertencem às ordens superiores ou inferiores
da hierarquia espírita?
– Isso é conforme seja mais ou menos material ou inteligente o papel
que desempenham. Uns comandam, outros executam. Aqueles que executam
as coisas materiais são sempre de uma ordem inferior, entre os
Espíritos como entre os homens.
539 Na produção de alguns fenômenos, as tempestades por exemplo,
é um Espírito que age, ou se reúnem em massa?
– Em massas inumeráveis.
540 Os Espíritos que exercem ação sobre os fenômenos da natureza
agem com conhecimento de causa, pelo seu livre-arbítrio, ou
por um impulso instintivo ou irrefletido?
– Uns sim, outros não. Façamos uma comparação: imaginai essas imensidades
de animais que pouco a pouco fazem sair do mar as ilhas e os arquipélagos,
acreditais que não há nisso um objetivo providencial e que essa
transformação da superfície do globo não seja necessária para a harmonia
geral? Esses são apenas animais da última ordem que realizam essas coisas
para proverem suas necessidades e sem desconfiarem que são os instrumentos
de Deus. Pois bem! Do mesmo modo, os Espíritos mais atrasados
são úteis ao conjunto; enquanto ensaiam para a vidae antes de ter plena
consciência de seus atos e seu livre-arbítrio, agem sobre alguns fenômenos
dos quais são agentes inconscientes. Executam primeiro; mais tarde, quando
sua inteligência estiver mais desenvolvida, comandarão e dirigirão as coisas
do mundo material; mais tarde ainda, poderão dirigir as coisas do mundo
moral. É assim que tudo serve, tudo se encaixa na natureza, desde o átomo
primitivo até o arcanjo que começou pelo átomo; admirável lei de harmonia da
qual vosso Espírito limitado ainda não pode entender o conjunto.
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Serie de perguntas e respostas n35
511 Além do Espírito protetor, haverá também um mau Espírito
ligado a cada indivíduo com o fim de o expor ao mal e lhe fornecer
ocasião de lutar entre o bem e o mal?
– Ligado não é bem a palavra. É bem verdade que os maus Espíritos
procuram desviá-lo do bom caminho quando encontram ocasião; mas
quando um deles se liga a um indivíduo, o faz por si mesmo, porque espera
ser escutado. Desse modo, há a luta entre o bom e o mau e vence aquele
por quem o homem se deixa influenciar.
512 Podemos ter muitos Espíritos protetores?
– Cada homem sempre tem Espíritos simpáticos, mais ou menos elevados,
que lhe dedicam afeição e se interessam por ele, como igualmente
tem os que o assistem no mal.
513 Os Espíritos que nos são simpáticos agem em cumprimento
de uma missão?
– Algumas vezes, podem ter uma missão temporária, mas quase sempre
são atraídos pela semelhança de pensamentos e de sentimentos, tanto
para o bem quanto para o mal.
513 a Parece resultar disso que os Espíritos simpáticos podem
ser bons ou maus?
– Sim, o homem encontra sempre Espíritos que simpatizam com ele,
qualquer que seja o seu caráter.
514 Os Espíritos familiares são os mesmos Espíritos simpáticos
ou protetores?
– Há muitas gradações na proteção e na simpatia; dai-lhes os nomes
que quiserdes. O Espírito familiar é antes o amigo da casa.
G Das explicações acima e das observações feitas sobre a natureza
dos Espíritos que se ligam ao homem pode-se deduzir o seguinte:
O Espírito protetor, anjo de guarda ou bom gênio tem por missão
seguir o homem na vida e ajudá-lo a progredir. É sempre de natureza
superior à do protegido.
Os Espíritos familiares se ligam a certas pessoas por laços mais ou
menos duráveis, para ajudá-las conforme seu poder, muitas vezes limitado.
São bons, mas, às vezes, pouco avançados e mesmo um pouco
levianos; ocupam-se voluntariamente dos detalhes da vida íntima e
somente agem por ordem ou com permissão dos Espíritos protetores.
Os Espíritos simpáticos se ligam a nós por afeições particulares e
certa semelhança de gostos e de sentimentos tanto para o bem quanto
para o mal. A duração de suas relações é quase sempre subordinada às
circunstâncias.
O mau gênio é um Espírito imperfeito ou perverso que se liga ao
homem para desviá-lo do bem, mas age por sua própria iniciativa e não
no cumprimento de uma missão. A constância da sua ação está em
razão do acesso mais ou menos fácil que encontra. O homem
tem a liberdade para escutar-lhe a voz ou rejeitá-la.
515 O que pensar dessas pessoas que parecem se ligar a certos
indivíduos para os levar fatalmente à perdição ou para guiá-los no
bom caminho?
– Algumas pessoas exercem, de fato, sobre outras uma espécie de
fascinação que parece irresistível. Quando isso acontece para o mal, são
maus Espíritos que se servem de outros igualmente maus para melhor
poderem subjugar. A Providência permite que isso ocorra para vos por
à prova.
516 Nosso bom e mau gênio poderiam encarnar para nos acompanhar
na vida de uma maneira mais direta?
– Isso pode acontecer. Porém, freqüentemente encarregam dessa
missão outros Espíritos encarnados que lhes são simpáticos.
517 Há Espíritos que se ligam a toda uma família para protegê-la?
– Alguns Espíritos se ligam aos membros de uma família em conjunto
e que são unidos pela afeição, mas não acrediteis em Espíritos protetores
do orgulho das raças.
518 Os Espíritos que são atraídos para os indivíduos pela sua
simpatia também o são para as reuniões de indivíduos em razão de
causas particulares?
– Os Espíritos vão de preferência onde estão seus semelhantes; lá
estão mais à vontade e mais certos de serem escutados. O homem atrai
os Espíritos em razão de suas tendências, quer esteja só ou formando
uma coletividade, como uma sociedade, uma cidade ou um povo. Há,
portanto, sociedades, cidades e povos que são assistidos por Espíritos
mais ou menos elevados, segundo o caráter e as paixões que os dominam.
Os Espíritos imperfeitos se afastam daqueles que os repelem; resulta
disso que o aperfeiçoamento moral de todas as coletividades, como o dos
indivíduos, tende a afastar os maus Espíritos e atrair os bons, que estimulam
e mantêm o sentimento do bem nas massas, como outros podem
estimular as paixões grosseiras.
519 As aglomerações de indivíduos, como as sociedades, as cidades,
as nações, têm seus Espíritos protetores especiais?
– Sim, porque são de individualidades coletivas que marcham com
um objetivo comum e têm necessidade de uma direção superior.
520 Os Espíritos protetores das massas são de natureza mais
elevada do que os que se ligam aos indivíduos?
– Tudo é relativo ao grau de adiantamento tanto das massas como
dos indivíduos.
521 Certos Espíritos podem ajudar no progresso das artes ao
proteger aqueles que se ocupam delas?
– Há Espíritos protetores especiais que assistem aos que os invocam
quando os julgam dignos. Porém, não deveis acreditar que consigam fazer
com que os indivíduos sejam aquilo que não são. Eles não fazem os cegos
enxergarem, nem os surdos ouvirem.
522 O pressentimento é sempre um aviso do Espírito protetor?
– É o conselho íntimo e oculto de um Espírito que vos quer bem. Está
também na intuição da escolha que se fez; é a voz do instinto. O Espírito,
antes de encarnar, tem conhecimento das principais fases de sua existência,
do gênero de provas por que terá de passar; quando estas têm um
caráter marcante, conserva uma espécie de impressão em seu íntimo e
essa impressão é a voz do instinto, que se revela quando o momento se
aproxima como um pressentimento.
523 Os pressentimentos e a voz do instinto têm sempre alguma
coisa de vago. Que devemos fazer quando ficamos na incerteza?
– Quando vos achardes na incerteza, na dúvida, invocai vosso Espírito
protetor ou orai ao senhor de todos, a Deus, que enviará um de seus
mensageiros, um de nós.
524 Os conselhos de nossos Espíritos protetores têm por objetivo
unicamente a nossa conduta moral ou também o modo de proceder
nas coisas da vida particular?
– Objetivam a tudo. Eles procuram vos fazer viver o melhor possível;
porém, muitas vezes, fechais os ouvidos aos seus bons conselhos e sois
infelizes por vossas faltas.
INFLUÊNCIA DOS ESPÍRITOS
SOBRE OS ACONTECIMENTOS DA VIDA
525 Os Espíritos exercem alguma influência sobre os acontecimentos
da vida?
– Certamente, uma vez que vos aconselham.
525 a Eles exercem essa influência de outro modo, além dos
pensamentos que sugerem, ou seja, têm uma ação direta sobre a
realização das coisas?
– Sim, mas nunca agem fora das leis da natureza.
ligado a cada indivíduo com o fim de o expor ao mal e lhe fornecer
ocasião de lutar entre o bem e o mal?
– Ligado não é bem a palavra. É bem verdade que os maus Espíritos
procuram desviá-lo do bom caminho quando encontram ocasião; mas
quando um deles se liga a um indivíduo, o faz por si mesmo, porque espera
ser escutado. Desse modo, há a luta entre o bom e o mau e vence aquele
por quem o homem se deixa influenciar.
512 Podemos ter muitos Espíritos protetores?
– Cada homem sempre tem Espíritos simpáticos, mais ou menos elevados,
que lhe dedicam afeição e se interessam por ele, como igualmente
tem os que o assistem no mal.
513 Os Espíritos que nos são simpáticos agem em cumprimento
de uma missão?
– Algumas vezes, podem ter uma missão temporária, mas quase sempre
são atraídos pela semelhança de pensamentos e de sentimentos, tanto
para o bem quanto para o mal.
513 a Parece resultar disso que os Espíritos simpáticos podem
ser bons ou maus?
– Sim, o homem encontra sempre Espíritos que simpatizam com ele,
qualquer que seja o seu caráter.
514 Os Espíritos familiares são os mesmos Espíritos simpáticos
ou protetores?
– Há muitas gradações na proteção e na simpatia; dai-lhes os nomes
que quiserdes. O Espírito familiar é antes o amigo da casa.
G Das explicações acima e das observações feitas sobre a natureza
dos Espíritos que se ligam ao homem pode-se deduzir o seguinte:
O Espírito protetor, anjo de guarda ou bom gênio tem por missão
seguir o homem na vida e ajudá-lo a progredir. É sempre de natureza
superior à do protegido.
Os Espíritos familiares se ligam a certas pessoas por laços mais ou
menos duráveis, para ajudá-las conforme seu poder, muitas vezes limitado.
São bons, mas, às vezes, pouco avançados e mesmo um pouco
levianos; ocupam-se voluntariamente dos detalhes da vida íntima e
somente agem por ordem ou com permissão dos Espíritos protetores.
Os Espíritos simpáticos se ligam a nós por afeições particulares e
certa semelhança de gostos e de sentimentos tanto para o bem quanto
para o mal. A duração de suas relações é quase sempre subordinada às
circunstâncias.
O mau gênio é um Espírito imperfeito ou perverso que se liga ao
homem para desviá-lo do bem, mas age por sua própria iniciativa e não
no cumprimento de uma missão. A constância da sua ação está em
razão do acesso mais ou menos fácil que encontra. O homem
tem a liberdade para escutar-lhe a voz ou rejeitá-la.
515 O que pensar dessas pessoas que parecem se ligar a certos
indivíduos para os levar fatalmente à perdição ou para guiá-los no
bom caminho?
– Algumas pessoas exercem, de fato, sobre outras uma espécie de
fascinação que parece irresistível. Quando isso acontece para o mal, são
maus Espíritos que se servem de outros igualmente maus para melhor
poderem subjugar. A Providência permite que isso ocorra para vos por
à prova.
516 Nosso bom e mau gênio poderiam encarnar para nos acompanhar
na vida de uma maneira mais direta?
– Isso pode acontecer. Porém, freqüentemente encarregam dessa
missão outros Espíritos encarnados que lhes são simpáticos.
517 Há Espíritos que se ligam a toda uma família para protegê-la?
– Alguns Espíritos se ligam aos membros de uma família em conjunto
e que são unidos pela afeição, mas não acrediteis em Espíritos protetores
do orgulho das raças.
518 Os Espíritos que são atraídos para os indivíduos pela sua
simpatia também o são para as reuniões de indivíduos em razão de
causas particulares?
– Os Espíritos vão de preferência onde estão seus semelhantes; lá
estão mais à vontade e mais certos de serem escutados. O homem atrai
os Espíritos em razão de suas tendências, quer esteja só ou formando
uma coletividade, como uma sociedade, uma cidade ou um povo. Há,
portanto, sociedades, cidades e povos que são assistidos por Espíritos
mais ou menos elevados, segundo o caráter e as paixões que os dominam.
Os Espíritos imperfeitos se afastam daqueles que os repelem; resulta
disso que o aperfeiçoamento moral de todas as coletividades, como o dos
indivíduos, tende a afastar os maus Espíritos e atrair os bons, que estimulam
e mantêm o sentimento do bem nas massas, como outros podem
estimular as paixões grosseiras.
519 As aglomerações de indivíduos, como as sociedades, as cidades,
as nações, têm seus Espíritos protetores especiais?
– Sim, porque são de individualidades coletivas que marcham com
um objetivo comum e têm necessidade de uma direção superior.
520 Os Espíritos protetores das massas são de natureza mais
elevada do que os que se ligam aos indivíduos?
– Tudo é relativo ao grau de adiantamento tanto das massas como
dos indivíduos.
521 Certos Espíritos podem ajudar no progresso das artes ao
proteger aqueles que se ocupam delas?
– Há Espíritos protetores especiais que assistem aos que os invocam
quando os julgam dignos. Porém, não deveis acreditar que consigam fazer
com que os indivíduos sejam aquilo que não são. Eles não fazem os cegos
enxergarem, nem os surdos ouvirem.
522 O pressentimento é sempre um aviso do Espírito protetor?
– É o conselho íntimo e oculto de um Espírito que vos quer bem. Está
também na intuição da escolha que se fez; é a voz do instinto. O Espírito,
antes de encarnar, tem conhecimento das principais fases de sua existência,
do gênero de provas por que terá de passar; quando estas têm um
caráter marcante, conserva uma espécie de impressão em seu íntimo e
essa impressão é a voz do instinto, que se revela quando o momento se
aproxima como um pressentimento.
523 Os pressentimentos e a voz do instinto têm sempre alguma
coisa de vago. Que devemos fazer quando ficamos na incerteza?
– Quando vos achardes na incerteza, na dúvida, invocai vosso Espírito
protetor ou orai ao senhor de todos, a Deus, que enviará um de seus
mensageiros, um de nós.
524 Os conselhos de nossos Espíritos protetores têm por objetivo
unicamente a nossa conduta moral ou também o modo de proceder
nas coisas da vida particular?
– Objetivam a tudo. Eles procuram vos fazer viver o melhor possível;
porém, muitas vezes, fechais os ouvidos aos seus bons conselhos e sois
infelizes por vossas faltas.
INFLUÊNCIA DOS ESPÍRITOS
SOBRE OS ACONTECIMENTOS DA VIDA
525 Os Espíritos exercem alguma influência sobre os acontecimentos
da vida?
– Certamente, uma vez que vos aconselham.
525 a Eles exercem essa influência de outro modo, além dos
pensamentos que sugerem, ou seja, têm uma ação direta sobre a
realização das coisas?
– Sim, mas nunca agem fora das leis da natureza.
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Serie de perguntas e respostas n34
496 O Espírito que abandona seu protegido, não lhe fazendo mais
o bem, pode lhe fazer o mal?
– Os bons Espíritos nunca fazem o mal; deixam que o façam os que
tomam o seu lugar. Acusais, então, a sorte pelas infelicidades que vos
acontecem, quando a culpa é vossa.
497 O Espírito protetor pode deixar seu protegido sob a dependência
de um Espírito que poderia lhe querer o mal?
– Os maus Espíritos se unem para neutralizar a ação dos bons. Se o
protegido quiser, receberá toda a força de seu bom Espírito. O bom Espírito
encontra, em algum lugar, uma boa vontade para ajudar; aproveita-se
disso enquanto espera retornar para junto do seu protegido.
498 Quando o Espírito protetor deixa seu protegido se transviar
no caminho, é por sua incapacidade na luta contra outros Espíritos
maldosos?
– Não. Não é porque ele não possa impedir, mas porque não quer.
Isso faz seu protegido sair das provas mais perfeito e instruído; ele o assiste
com seus conselhos, pelos bons pensamentos que lhe sugere, mas, infelizmente,
nem sempre são escutados. Somente a fraqueza, a negligência
ou orgulho do homem é que dão força aos maus Espíritos; o poder que
têm sobre vós resulta de não lhes fazer resistência.
499 O Espírito protetor está constantemente com seu protegido?
Não há nenhuma circunstância em que, sem abandoná-lo, o perca de
vista?
– Há circunstâncias em que a presença do Espírito protetor não é
necessária junto de seu protegido.
500 Chega um momento em que o Espírito não tem mais necessidade
de um anjo de guarda?
– Sim, quando atingiu um grau de poder conduzir-se a si mesmo,
como chega o momento para o estudante em que não tem mais necessidade
do mestre; mas isso não sucederá para vós aqui na Terra.
501 Por que a ação dos Espíritos sobre nossa existência é oculta e
por que, quando nos protegem, não o fazem de um maneira ostensiva?
– Se contásseis com o seu apoio, não agiríeis por vós mesmos, e
vosso Espírito não progrediria. Para progredir, vos é preciso experiência e,
muitas vezes, é preciso adquiri-la à própria custa. É preciso que exerça
suas forças; sem isso seria como uma criança a quem não se deixa caminhar
sozinha. A ação dos Espíritos que vos querem bem é sempre regida
de maneira a não impedir o vosso livre-arbítrio, visto que, se não tiverdes
responsabilidade, não avançareis no caminho que deve conduzir a Deus.
O homem, não vendo quem o ampara, confia em suas próprias forças;
seu guia, entretanto, vela sobre ele e, de tempos em tempos, o adverte
do perigo.
502 O Espírito protetor que consegue conduzir seu protegido no
bom caminho tem alguma recompensa?
– É um mérito que lhe é levado em conta para seu próprio adiantamento
ou para sua felicidade. É feliz quando vê seus esforços coroados de
sucesso; triunfa como um mestre triunfa com o sucesso de seu discípulo.
502 a Ele é responsável se não tiver êxito?
– Não, uma vez que fez o que dependia dele.
503 O Espírito protetor sofre quando vê seu protegido seguir o
mau caminho, apesar de seus conselhos? Isso não é para ele uma
causa de perturbação para sua felicidade?
– Ele sofre com esses erros e o lastima; mas essa aflição não tem as
angústias da paternidade terrestre, porque sabe que há remédio para o
mal, e o que não é feito hoje se fará amanhã.
504 Podemos sempre saber o nome do nosso Espírito protetor
ou anjo de guarda?
– Como quereis saber nomes que não existem para vós? Acreditais
que haverá entre os Espíritos somente aqueles que conhecestes?
504 a Como, então, invocá-lo se não o conhecemos?
– Dai-lhe o nome que quiserdes, de um Espírito Superior pelo qual
tendes simpatia ou veneração; vosso Espírito protetor atenderá ao chamado;
todos os bons Espíritos são irmãos e se assistem entre si.
505 Os Espíritos protetores que tomam nomes conhecidos são
sempre, realmente, os das pessoas que usaram esses nomes?
– Não, mas dos Espíritos que lhes são simpáticos e que muitas vezes
vêm a seu chamado. Fazeis questão de nomes, então, tomam um que
inspire confiança. Quando não podeis realizar uma missão pessoalmente,
costumais mandar alguém de confiança em vosso nome.
506 Quando estivermos na vida espírita reconheceremos nosso
Espírito protetor?
– Sim. Muitas vezes já o conhecíeis antes da vossa encarnação.
507 Os Espíritos protetores pertencem todos à classe dos Espíritos
Superiores? Pode-se encontrar entre os de classe intermediária?
Um pai, por exemplo, pode tornar-se protetor de seu filho?
– Pode. Mas a proteção supõe um certo grau de elevação e um poder
ou uma virtude concedidos por Deus. O pai que protege seu filho pode,
por sua vez, ser assistido por um Espírito mais elevado.
508 Os Espíritos que deixaram a Terra em boas condições podem
sempre proteger os que amam e que lhes sobrevivem?
– Seu poder é mais ou menos restrito; a posição em que se encontram
não lhes dá toda a liberdade de ação.
509 Os homens no estado selvagem ou de inferioridade moral
têm igualmente seus Espíritos protetores? E, nesse caso, esses Espíritos
são de ordem tão elevada quanto a dos protetores dos homens
mais avançados?
– Cada homem tem um Espírito que vela por ele, mas as missões são
relativas ao seu objetivo. Não dareis a uma criança que começa a aprender
a ler um professor de filosofia. O progresso do Espírito familiar segue
de perto o do Espírito protegido. Tendo vós mesmos um Espírito Superior
que vela por vós, podeis, também, tornar-vos protetor de um Espírito inferior,
e os progressos que o ajudardes a fazer contribuirão para o vosso
adiantamento. Deus não pede ao Espírito mais do que sua natureza comporta
e o grau de elevação a que alcançou.
510 Quando o pai que vela por um filho reencarna, continua a
velar por ele?
– É mais difícil que isso aconteça. Mas, de certa maneira, continua, ao
pedir, num momento de desprendimento, a um Espírito simpático que o
assista nessa missão. Aliás, os Espíritos apenas aceitam missões que podem
cumprir até o fim.
O Espírito encarnado, principalmente nos mundos em que a existência
é material, está muito submetido ao seu corpo para poder ser inteiramente
devotado a um outro Espírito e poder assisti-lo pessoalmente. Eis
por que aqueles que não são suficientemente elevados são assistidos por
Espíritos Superiores, de tal modo que, se um falta por uma causa qualquer,
é substituído por outro.
o bem, pode lhe fazer o mal?
– Os bons Espíritos nunca fazem o mal; deixam que o façam os que
tomam o seu lugar. Acusais, então, a sorte pelas infelicidades que vos
acontecem, quando a culpa é vossa.
497 O Espírito protetor pode deixar seu protegido sob a dependência
de um Espírito que poderia lhe querer o mal?
– Os maus Espíritos se unem para neutralizar a ação dos bons. Se o
protegido quiser, receberá toda a força de seu bom Espírito. O bom Espírito
encontra, em algum lugar, uma boa vontade para ajudar; aproveita-se
disso enquanto espera retornar para junto do seu protegido.
498 Quando o Espírito protetor deixa seu protegido se transviar
no caminho, é por sua incapacidade na luta contra outros Espíritos
maldosos?
– Não. Não é porque ele não possa impedir, mas porque não quer.
Isso faz seu protegido sair das provas mais perfeito e instruído; ele o assiste
com seus conselhos, pelos bons pensamentos que lhe sugere, mas, infelizmente,
nem sempre são escutados. Somente a fraqueza, a negligência
ou orgulho do homem é que dão força aos maus Espíritos; o poder que
têm sobre vós resulta de não lhes fazer resistência.
499 O Espírito protetor está constantemente com seu protegido?
Não há nenhuma circunstância em que, sem abandoná-lo, o perca de
vista?
– Há circunstâncias em que a presença do Espírito protetor não é
necessária junto de seu protegido.
500 Chega um momento em que o Espírito não tem mais necessidade
de um anjo de guarda?
– Sim, quando atingiu um grau de poder conduzir-se a si mesmo,
como chega o momento para o estudante em que não tem mais necessidade
do mestre; mas isso não sucederá para vós aqui na Terra.
501 Por que a ação dos Espíritos sobre nossa existência é oculta e
por que, quando nos protegem, não o fazem de um maneira ostensiva?
– Se contásseis com o seu apoio, não agiríeis por vós mesmos, e
vosso Espírito não progrediria. Para progredir, vos é preciso experiência e,
muitas vezes, é preciso adquiri-la à própria custa. É preciso que exerça
suas forças; sem isso seria como uma criança a quem não se deixa caminhar
sozinha. A ação dos Espíritos que vos querem bem é sempre regida
de maneira a não impedir o vosso livre-arbítrio, visto que, se não tiverdes
responsabilidade, não avançareis no caminho que deve conduzir a Deus.
O homem, não vendo quem o ampara, confia em suas próprias forças;
seu guia, entretanto, vela sobre ele e, de tempos em tempos, o adverte
do perigo.
502 O Espírito protetor que consegue conduzir seu protegido no
bom caminho tem alguma recompensa?
– É um mérito que lhe é levado em conta para seu próprio adiantamento
ou para sua felicidade. É feliz quando vê seus esforços coroados de
sucesso; triunfa como um mestre triunfa com o sucesso de seu discípulo.
502 a Ele é responsável se não tiver êxito?
– Não, uma vez que fez o que dependia dele.
503 O Espírito protetor sofre quando vê seu protegido seguir o
mau caminho, apesar de seus conselhos? Isso não é para ele uma
causa de perturbação para sua felicidade?
– Ele sofre com esses erros e o lastima; mas essa aflição não tem as
angústias da paternidade terrestre, porque sabe que há remédio para o
mal, e o que não é feito hoje se fará amanhã.
504 Podemos sempre saber o nome do nosso Espírito protetor
ou anjo de guarda?
– Como quereis saber nomes que não existem para vós? Acreditais
que haverá entre os Espíritos somente aqueles que conhecestes?
504 a Como, então, invocá-lo se não o conhecemos?
– Dai-lhe o nome que quiserdes, de um Espírito Superior pelo qual
tendes simpatia ou veneração; vosso Espírito protetor atenderá ao chamado;
todos os bons Espíritos são irmãos e se assistem entre si.
505 Os Espíritos protetores que tomam nomes conhecidos são
sempre, realmente, os das pessoas que usaram esses nomes?
– Não, mas dos Espíritos que lhes são simpáticos e que muitas vezes
vêm a seu chamado. Fazeis questão de nomes, então, tomam um que
inspire confiança. Quando não podeis realizar uma missão pessoalmente,
costumais mandar alguém de confiança em vosso nome.
506 Quando estivermos na vida espírita reconheceremos nosso
Espírito protetor?
– Sim. Muitas vezes já o conhecíeis antes da vossa encarnação.
507 Os Espíritos protetores pertencem todos à classe dos Espíritos
Superiores? Pode-se encontrar entre os de classe intermediária?
Um pai, por exemplo, pode tornar-se protetor de seu filho?
– Pode. Mas a proteção supõe um certo grau de elevação e um poder
ou uma virtude concedidos por Deus. O pai que protege seu filho pode,
por sua vez, ser assistido por um Espírito mais elevado.
508 Os Espíritos que deixaram a Terra em boas condições podem
sempre proteger os que amam e que lhes sobrevivem?
– Seu poder é mais ou menos restrito; a posição em que se encontram
não lhes dá toda a liberdade de ação.
509 Os homens no estado selvagem ou de inferioridade moral
têm igualmente seus Espíritos protetores? E, nesse caso, esses Espíritos
são de ordem tão elevada quanto a dos protetores dos homens
mais avançados?
– Cada homem tem um Espírito que vela por ele, mas as missões são
relativas ao seu objetivo. Não dareis a uma criança que começa a aprender
a ler um professor de filosofia. O progresso do Espírito familiar segue
de perto o do Espírito protegido. Tendo vós mesmos um Espírito Superior
que vela por vós, podeis, também, tornar-vos protetor de um Espírito inferior,
e os progressos que o ajudardes a fazer contribuirão para o vosso
adiantamento. Deus não pede ao Espírito mais do que sua natureza comporta
e o grau de elevação a que alcançou.
510 Quando o pai que vela por um filho reencarna, continua a
velar por ele?
– É mais difícil que isso aconteça. Mas, de certa maneira, continua, ao
pedir, num momento de desprendimento, a um Espírito simpático que o
assista nessa missão. Aliás, os Espíritos apenas aceitam missões que podem
cumprir até o fim.
O Espírito encarnado, principalmente nos mundos em que a existência
é material, está muito submetido ao seu corpo para poder ser inteiramente
devotado a um outro Espírito e poder assisti-lo pessoalmente. Eis
por que aqueles que não são suficientemente elevados são assistidos por
Espíritos Superiores, de tal modo que, se um falta por uma causa qualquer,
é substituído por outro.
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Serie de perguntas e respostas n33
481 Os Espíritos exercem alguma atuação nos fenômenos que
se produzem nos indivíduos chamados convulsivos?
– Sim, e muito grande, bem como o magnetismo, que é a causa
desses fenômenos. Porém, o charlatanismo tem freqüentemente explorado
e exagerado seus efeitos, o que os faz cair no ridículo.
481 a De que natureza são, em geral, os Espíritos que provocam
esses fenômenos?
– Pouco elevada. Julgais que Espíritos superiores se ocupem com
coisas dessa natureza?
482 Como o estado anormal dos convulsivos e dos que têm crises
nervosas pode se estender subitamente a toda uma população?
– Por afinidade. As disposições morais se comunicam muito facilmente
em certos casos; não estais tão alheios aos efeitos magnéticos para
não compreenderdes isso e a parte que alguns Espíritos devem nele tomar,
por simpatia, com aqueles que os provocam.
483 Qual a causa da insensibilidade física que se nota em
certos convulsivos ou em certos indivíduos submetidos a torturas
cruéis?
– Em alguns, é um efeito exclusivamente magnético que age sobre o
sistema nervoso, semelhante à ação de certas substâncias. Em outros, a
exaltação do pensamento enfraquece a sensibilidade, porque a vida parece
retirar-se do corpo para se transportar ao Espírito. Não sabeis que,
quando o Espírito está fortemente preocupado com uma coisa, o corpo
não sente, não vê e não ouve nada?
AFEIÇÃO DOS ESPÍRITOS POR CERTAS PESSOAS
484 Os Espíritos se afeiçoam de preferência a certas pessoas?
– Os bons Espíritos simpatizam com os homens de bem ou passíveis
de se melhorarem. Os Espíritos inferiores, com os homens viciosos ou
que possam vir a sê-lo; daí sua afeição por causa da semelhança dos
sentimentos.
485 A afeição dos Espíritos por algumas pessoas é exclusivamente
moral?
– A afeição verdadeira não tem nada de carnal; mas, quando um Espírito
se liga a uma pessoa, nem sempre é só por afeição, pode haver
lembranças das paixões humanas.
486 Os Espíritos se interessam por nossa infelicidade e nossa
prosperidade? Aqueles que nos querem bem se afligem com os males
que passamos na vida?
– Os bons Espíritos fazem o bem tanto quanto lhes é possível e ficam
felizes com todas as vossas alegrias. Afligem-se com os vossos males
quando não os suportais com resignação, porque nenhum resultado benéfico
trazem para vós; sois, então, como o doente que rejeita o remédio
amargo que deve curá-lo.
487 De que mal os Espíritos se afligem mais por nós: o físico ou
o moral?
– Do vosso egoísmo e dureza de coração: daí deriva tudo. Eles
se riem de todos esses males imaginários que nascem do orgulho e da
ambição e se alegram com aqueles que servem para abreviar vosso tempo
de prova.
488 Os parentes e amigos, que nos precederam na vida espiritual,
têm por nós mais simpatia do que os Espíritos estranhos?
– Sem dúvida, e muitas vezes vos protegem como Espíritos, conforme
tenham poder para tanto.
488 a São sensíveis à afeição que nós lhes devotamos?
– Muito sensíveis, mas esquecem aqueles que os esquecem.
ANJOS DE GUARDA; ESPÍRITOS PROTETORES,
FAMILIARES OU SIMPÁTICOS
489 Há Espíritos que se ligam a um indivíduo em particular para
protegê-lo?
–Sim, o irmão espiritual; é o que chamais de bom Espírito ou bom
gênio.
490 O que se deve entender por anjo de guarda?
– O Espírito protetor de uma ordem elevada.
491 Qual é a missão do Espírito protetor?
– A de um pai para com seus filhos: conduzir seu protegido ao bom
caminho, ajudá-lo com seus conselhos, consolá-lo em suas aflições, sustentar
sua coragem nas provas da vida.
492 O Espírito protetor é ligado ao indivíduo desde seu nascimento?
– Desde o nascimento até a morte e, muitas vezes, o segue após a
morte na vida espiritual, e mesmo em muitas existências corporais, porque
essas existências são somente fases bem curtas em relação à vida do
Espírito.
493 A missão do Espírito protetor é voluntária ou obrigatória?
– O Espírito é obrigado a velar por vós, se aceitou essa tarefa. Mas
escolhe os seres que lhes são simpáticos. Para uns é um prazer; para
outros, uma missão ou um dever.
493 a Ao se ligar a uma pessoa o Espírito renuncia a proteger
outros indivíduos?
– Não, mas não faz só isso, exclusivamente.
494 O Espírito protetor está inevitavelmente ligado à criatura confiada
à sua guarda?
– Pode ocorrer que alguns Espíritos tenham que deixar sua posição
para realizar diversas missões, mas nesse caso são substituídos.
495 O Espírito protetor abandona algumas vezes seu protegido
quando este é rebelde aos seus conselhos?
– Ele se afasta quando vê que seus conselhos são inúteis e a vontade
de aceitar a influência dos Espíritos inferiores é mais forte no seu protegido.
Mas não o abandona completamente e sempre se faz ouvir; é, porém, o
homem quem fecha os ouvidos. O protetor volta logo que seja chamado.
É uma doutrina que deveria converter os mais incrédulos por seu encanto
e por sua doçura: a dos anjos de guarda. Pensar que se tem sempre
perto de si seres superiores, sempre prontos para aconselhar, sustentar,
ajudar a escalar a áspera montanha do bem, que são amigos mais seguros
e devotados que as mais íntimas ligações que se possa ter na Terra, não é
uma idéia bem consoladora? Esses seres estão ao vosso lado por ordem
de Deus, que por amor os colocou perto de vós, cumprindo uma bela,
embora difícil, missão. Sim, em qualquer lugar onde estiverdes estarão convosco:
nas prisões, nos hospitais, nos lugares de devassidão, na solidão,
nada vos separa desses amigos que não podeis ver, mas de quem vossa
alma sente os mais doces estímulos e ouve os sábios conselhos.
Deveríeis conhecer melhor essa verdade! Quantas vezes vos ajudaria
nos momentos de crise; quantas vezes vos salvaria dos maus Espíritos! Mas
no dia decisivo, esse anjo do bem terá que vos dizer: “Não te disse isso? E
tu não o fizeste. Não te mostrei o abismo? E tu aí te precipitaste. Não te fiz
ouvir na tua consciência a voz da verdade? E não seguiste os conselhos da
mentira?” Ah! Interrogai os vossos anjos de guarda; estabelecei entre eles e
vós essa ternura íntima que reina entre os melhores amigos. Não penseis
em lhes esconder nada, porque eles são os olhos de Deus e não podeis
enganá-los. Sonhai com o futuro. Procurai avançar nessa vida e vossas
provas serão mais curtas; vossas existências, mais felizes. Vamos, homens
de coragem! Atirai para longe de vós de uma vez por todas os preconceitos
e idéias retrógradas. Entrai no novo caminho que se abre diante de vós.
Marchai! Marchai! Tendes guias, segui-os: o objetivo não pode vos faltar,
porque esse objetivo é o próprio Deus.
Aos que pensam que é impossível para os Espíritos verdadeiramente
elevados se sujeitarem a uma tarefa tão árdua e de todos os instantes,
diremos que influenciamos vossas almas estando a milhões e milhões de
quilômetros. Para nós o espaço não é nada e, embora vivendo em outro
mundo, nossos Espíritos conservam sua ligação com o vosso. Nós podemos
usar de faculdades que não podeis compreender, mas ficais certos
de que Deus não nos impôs uma tarefa acima de nossas forças e não vos
abandonou sozinhos na Terra sem amigos e sem apoio. Cada anjo de
guarda tem seu protegido por quem vela, como um pai vela pelo seu filho.
Fica feliz quando o vê no bom caminho; fica triste quando seus conselhos
são desprezados.
Não temais nos cansar com vossas questões. Ao contrário, procurai
estar sempre em relação conosco: sereis mais fortes e felizes. São essas
comunicações de cada homem com seu Espírito familiar que fazem de
todos os homens médiuns, médiuns ignorados hoje, mas que se mani-
festarão mais tarde e que se espalharão como um oceano sem limites
para repelir a incredulidade e a ignorância. Homens instruídos, instruí os
vossos irmãos; homens de talento, elevai vossos irmãos. Não sabeis
que obra cumprireis assim: é a do Cristo, a que Deus vos conferiu. Por
que Deus vos deu a inteligência e a ciência, senão para as repartir com
vossos irmãos, para fazê-los adiantarem-se no caminho da alegria e da
felicidade eterna?
se produzem nos indivíduos chamados convulsivos?
– Sim, e muito grande, bem como o magnetismo, que é a causa
desses fenômenos. Porém, o charlatanismo tem freqüentemente explorado
e exagerado seus efeitos, o que os faz cair no ridículo.
481 a De que natureza são, em geral, os Espíritos que provocam
esses fenômenos?
– Pouco elevada. Julgais que Espíritos superiores se ocupem com
coisas dessa natureza?
482 Como o estado anormal dos convulsivos e dos que têm crises
nervosas pode se estender subitamente a toda uma população?
– Por afinidade. As disposições morais se comunicam muito facilmente
em certos casos; não estais tão alheios aos efeitos magnéticos para
não compreenderdes isso e a parte que alguns Espíritos devem nele tomar,
por simpatia, com aqueles que os provocam.
483 Qual a causa da insensibilidade física que se nota em
certos convulsivos ou em certos indivíduos submetidos a torturas
cruéis?
– Em alguns, é um efeito exclusivamente magnético que age sobre o
sistema nervoso, semelhante à ação de certas substâncias. Em outros, a
exaltação do pensamento enfraquece a sensibilidade, porque a vida parece
retirar-se do corpo para se transportar ao Espírito. Não sabeis que,
quando o Espírito está fortemente preocupado com uma coisa, o corpo
não sente, não vê e não ouve nada?
AFEIÇÃO DOS ESPÍRITOS POR CERTAS PESSOAS
484 Os Espíritos se afeiçoam de preferência a certas pessoas?
– Os bons Espíritos simpatizam com os homens de bem ou passíveis
de se melhorarem. Os Espíritos inferiores, com os homens viciosos ou
que possam vir a sê-lo; daí sua afeição por causa da semelhança dos
sentimentos.
485 A afeição dos Espíritos por algumas pessoas é exclusivamente
moral?
– A afeição verdadeira não tem nada de carnal; mas, quando um Espírito
se liga a uma pessoa, nem sempre é só por afeição, pode haver
lembranças das paixões humanas.
486 Os Espíritos se interessam por nossa infelicidade e nossa
prosperidade? Aqueles que nos querem bem se afligem com os males
que passamos na vida?
– Os bons Espíritos fazem o bem tanto quanto lhes é possível e ficam
felizes com todas as vossas alegrias. Afligem-se com os vossos males
quando não os suportais com resignação, porque nenhum resultado benéfico
trazem para vós; sois, então, como o doente que rejeita o remédio
amargo que deve curá-lo.
487 De que mal os Espíritos se afligem mais por nós: o físico ou
o moral?
– Do vosso egoísmo e dureza de coração: daí deriva tudo. Eles
se riem de todos esses males imaginários que nascem do orgulho e da
ambição e se alegram com aqueles que servem para abreviar vosso tempo
de prova.
488 Os parentes e amigos, que nos precederam na vida espiritual,
têm por nós mais simpatia do que os Espíritos estranhos?
– Sem dúvida, e muitas vezes vos protegem como Espíritos, conforme
tenham poder para tanto.
488 a São sensíveis à afeição que nós lhes devotamos?
– Muito sensíveis, mas esquecem aqueles que os esquecem.
ANJOS DE GUARDA; ESPÍRITOS PROTETORES,
FAMILIARES OU SIMPÁTICOS
489 Há Espíritos que se ligam a um indivíduo em particular para
protegê-lo?
–Sim, o irmão espiritual; é o que chamais de bom Espírito ou bom
gênio.
490 O que se deve entender por anjo de guarda?
– O Espírito protetor de uma ordem elevada.
491 Qual é a missão do Espírito protetor?
– A de um pai para com seus filhos: conduzir seu protegido ao bom
caminho, ajudá-lo com seus conselhos, consolá-lo em suas aflições, sustentar
sua coragem nas provas da vida.
492 O Espírito protetor é ligado ao indivíduo desde seu nascimento?
– Desde o nascimento até a morte e, muitas vezes, o segue após a
morte na vida espiritual, e mesmo em muitas existências corporais, porque
essas existências são somente fases bem curtas em relação à vida do
Espírito.
493 A missão do Espírito protetor é voluntária ou obrigatória?
– O Espírito é obrigado a velar por vós, se aceitou essa tarefa. Mas
escolhe os seres que lhes são simpáticos. Para uns é um prazer; para
outros, uma missão ou um dever.
493 a Ao se ligar a uma pessoa o Espírito renuncia a proteger
outros indivíduos?
– Não, mas não faz só isso, exclusivamente.
494 O Espírito protetor está inevitavelmente ligado à criatura confiada
à sua guarda?
– Pode ocorrer que alguns Espíritos tenham que deixar sua posição
para realizar diversas missões, mas nesse caso são substituídos.
495 O Espírito protetor abandona algumas vezes seu protegido
quando este é rebelde aos seus conselhos?
– Ele se afasta quando vê que seus conselhos são inúteis e a vontade
de aceitar a influência dos Espíritos inferiores é mais forte no seu protegido.
Mas não o abandona completamente e sempre se faz ouvir; é, porém, o
homem quem fecha os ouvidos. O protetor volta logo que seja chamado.
É uma doutrina que deveria converter os mais incrédulos por seu encanto
e por sua doçura: a dos anjos de guarda. Pensar que se tem sempre
perto de si seres superiores, sempre prontos para aconselhar, sustentar,
ajudar a escalar a áspera montanha do bem, que são amigos mais seguros
e devotados que as mais íntimas ligações que se possa ter na Terra, não é
uma idéia bem consoladora? Esses seres estão ao vosso lado por ordem
de Deus, que por amor os colocou perto de vós, cumprindo uma bela,
embora difícil, missão. Sim, em qualquer lugar onde estiverdes estarão convosco:
nas prisões, nos hospitais, nos lugares de devassidão, na solidão,
nada vos separa desses amigos que não podeis ver, mas de quem vossa
alma sente os mais doces estímulos e ouve os sábios conselhos.
Deveríeis conhecer melhor essa verdade! Quantas vezes vos ajudaria
nos momentos de crise; quantas vezes vos salvaria dos maus Espíritos! Mas
no dia decisivo, esse anjo do bem terá que vos dizer: “Não te disse isso? E
tu não o fizeste. Não te mostrei o abismo? E tu aí te precipitaste. Não te fiz
ouvir na tua consciência a voz da verdade? E não seguiste os conselhos da
mentira?” Ah! Interrogai os vossos anjos de guarda; estabelecei entre eles e
vós essa ternura íntima que reina entre os melhores amigos. Não penseis
em lhes esconder nada, porque eles são os olhos de Deus e não podeis
enganá-los. Sonhai com o futuro. Procurai avançar nessa vida e vossas
provas serão mais curtas; vossas existências, mais felizes. Vamos, homens
de coragem! Atirai para longe de vós de uma vez por todas os preconceitos
e idéias retrógradas. Entrai no novo caminho que se abre diante de vós.
Marchai! Marchai! Tendes guias, segui-os: o objetivo não pode vos faltar,
porque esse objetivo é o próprio Deus.
Aos que pensam que é impossível para os Espíritos verdadeiramente
elevados se sujeitarem a uma tarefa tão árdua e de todos os instantes,
diremos que influenciamos vossas almas estando a milhões e milhões de
quilômetros. Para nós o espaço não é nada e, embora vivendo em outro
mundo, nossos Espíritos conservam sua ligação com o vosso. Nós podemos
usar de faculdades que não podeis compreender, mas ficais certos
de que Deus não nos impôs uma tarefa acima de nossas forças e não vos
abandonou sozinhos na Terra sem amigos e sem apoio. Cada anjo de
guarda tem seu protegido por quem vela, como um pai vela pelo seu filho.
Fica feliz quando o vê no bom caminho; fica triste quando seus conselhos
são desprezados.
Não temais nos cansar com vossas questões. Ao contrário, procurai
estar sempre em relação conosco: sereis mais fortes e felizes. São essas
comunicações de cada homem com seu Espírito familiar que fazem de
todos os homens médiuns, médiuns ignorados hoje, mas que se mani-
festarão mais tarde e que se espalharão como um oceano sem limites
para repelir a incredulidade e a ignorância. Homens instruídos, instruí os
vossos irmãos; homens de talento, elevai vossos irmãos. Não sabeis
que obra cumprireis assim: é a do Cristo, a que Deus vos conferiu. Por
que Deus vos deu a inteligência e a ciência, senão para as repartir com
vossos irmãos, para fazê-los adiantarem-se no caminho da alegria e da
felicidade eterna?
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Serie de perguntas e respostas n32
466 Por que Deus permite que Espíritos nos excitem ao mal?
– Os Espíritos imperfeitos são instrumentos que servem para pôr à
prova a fé e a constância dos homens na prática do bem. Vós, como
Espíritos, deveis progredir na ciência do infinito, e por isso passais pelas
provas do mal para atingir o bem. Nossa missão é vos colocar no bom
caminho e, quando as más influências agem sobre vós, é que as atraístes
pelo desejo do mal, porque os Espíritos inferiores vêm vos auxiliar no mal,
quando tendes a vontade de praticá-lo; eles não podem vos ajudar no mal
senão quando quereis o mal.
Se sois inclinados ao homicídio, pois bem! Tereis uma multidão de
Espíritos que alimentarão esse pensamento em vós. Mas tereis também
outros Espíritos que se empenharão para vos influenciar ao bem, o que faz
restabelecer o equilíbrio e vos deixa o comando dos vossos atos.
467 Pode o homem se libertar da influência dos Espíritos que
procuram arrastá-lo ao mal?
– Sim, porque apenas se ligam àqueles que os solicitam por seus
desejos ou os atraem pelos seus pensamentos.
468 Os Espíritos cuja influência é repelida pela vontade do homem
renunciam às suas tentativas?
– O que quereis que façam? Quando não há nada a fazer, desistem
da tentativa; entretanto, aguardam o momento favorável, como o gato espreita
o rato.
469 Como se pode neutralizar a influência dos maus Espíritos?
– Fazendo o bem e colocando toda a confiança em Deus, repelis a
influência dos Espíritos inferiores e anulais o domínio que querem ter
sobre vós. Evitai escutar as sugestões dos Espíritos que vos inspiram maus
pensamentos, sopram a discórdia e excitam todas as más paixões. Desconfiai,
especialmente, daqueles que exaltam o vosso orgulho, porque
vos conquistam pela fraqueza. Eis por que Jesus nos ensinou a dizer na
oração dominical: “Senhor, não nos deixeis cair em tentação, mas livrainos
do mal!”
470 Os Espíritos que procuram nos induzir ao mal e colocam assim
à prova nossa firmeza no bem receberam a missão de fazê-lo? E se é
uma missão, têm responsabilidade por isso?
– Nenhum Espírito recebe a missão de fazer o mal. Quando o faz, é de
sua própria vontade e sofre as conseqüências. Deus pode deixá-lo fazer isso
para vos pôr à prova, mas não ordena que o faça, e cabe a vós rejeitá-lo.
471 Quando experimentamos um sentimento de angústia, de ansiedade
indefinível ou de satisfação interior sem causa conhecida,
isso decorre unicamente de uma disposição física?
– São quase sempre, de fato, comunicações que tendes inconscientemente
com os Espíritos, ou que tivestes com eles durante o sono.
472 Os Espíritos que querem nos induzir ao mal apenas se
aproveitam das circunstâncias ou podem também criá-las?
– Aproveitam as circunstâncias, mas freqüentemente as provocam,
oferecendo-vos ou levando-vos inconscientemente ao objeto de vossa
cobiça. Assim, por exemplo, um homem encontra no caminho uma quantia
de dinheiro; não acrediteis que os Espíritos levaram o dinheiro para
esse lugar, mas podem dar ao homem o pensamento de se dirigir a esse
ponto e, então, sugerir o pensamento de se apoderar dele, enquanto outros
lhe sugerem o de restituir o dinheiro a quem pertence. O mesmo
acontece com todas as outras tentações.
POSSESSOS
473 Um Espírito pode momentaneamente entrar no corpo de uma
pessoa viva, isto é, se introduzir num corpo animado e agir no lugar
daquele que está encarnado?
– O Espírito não entra num corpo como entrais numa casa. Ele se
identifica com um Espírito encarnado que tem os mesmos defeitos e as
mesmas qualidades para agir conjuntamente; mas é sempre o Espírito
encarnado que age como quer, sobre a matéria em que está. Um Espírito
não pode substituir o que está encarnado, porque o Espírito e o corpo
estão ligados até o tempo marcado para o fim da existência material.
474 Se não há possessão propriamente dita, ou seja, coabitação
de dois Espíritos num mesmo corpo, a alma pode se encontrar na dependência
de outro Espírito, de maneira a estar por ele subjugada ou
obsediada, a ponto de sua vontade ficar, de algum modo, paralisada?
– Sim, e esses são os verdadeiros possessos. Mas é preciso entender
que essa dominação nunca ocorre sem a participação daquele que a
sofre,seja por sua fraqueza, seja por seu desejo. Têm-se tomado freqüentemente
por possessos os epilépticos ou os loucos, que têm mais
necessidade de médico do que de exorcismo.
475 Pode-se por si mesmo afastar os maus Espíritos e se libertar
de sua dominação?
– Sempre se pode libertar de um domínio quando se tem vontade firme.
476 Poderá acontecer que a fascinação exercida pelo mau Espírito
seja tal que a pessoa subjugada não se aperceba disso? Então,
uma terceira pessoa pode fazer cessar essa influência e, nesse caso,
que condições ela deve ter?
– Se é um homem de bem, sua vontade pode ajudar ao pedir a cooperação
dos bons Espíritos, porque quanto mais se é um homem de bem,
mais se tem poder sobre os Espíritos imperfeitos para afastá-los e sobre
os bons Espíritos para atraí-los. Entretanto, resultará inútil qualquer tentativa
se aquele que está subjugado não consentir nisso. Há pessoas que
gostam de sentir uma dependência que satisfaça seus gostos e seus desejos.
Em qualquer caso, aquele cujo coração não é puro não pode fazer
nada; os bons Espíritos o desprezam e os maus não o temem.
477 As fórmulas de exorcismo têm alguma eficácia sobre os maus
Espíritos?
– Não; quando esses Espíritos vêem alguém levá-las a sério, riem e
se tornam birrentos, teimosos.
478 Existem pessoas que, embora tenham boas intenções, não
são menos obsediadas; qual o melhor meio de se livrar dos Espíritos
obsessores?
– Cansar sua paciência, não ligar para suas sugestões, mostrar-lhes
que perdem seu tempo; então, quando vêem que nada mais têm a fazer,
se afastam.
479 A prece é um meio eficaz para curar a obsessão?
– A prece é em tudo um poderoso auxílio. Mas, acreditai, não basta
murmurar algumas palavras para obter o que se deseja. Deus assiste aqueles
que agem e não aqueles que se limitam a pedir. É preciso que o
obsediado faça, por seu lado, o necessário para destruir em si mesmo a
causa que atrai os maus Espíritos.
480 O que pensar da expulsão dos demônios de que fala o Evangelho?
– Isso depende da interpretação. Se chamais de demônio um Espírito
mau que subjuga um indivíduo, quando sua influência for destruída terá
sido verdadeiramente expulso. Se atribuís a causa de uma doença ao
demônio, quando curardes a doença também direis que expulsastes o
demônio. Uma coisa pode ser verdadeira ou falsa de acordo com o sentido
que se der às palavras. As maiores verdades podem parecer absurdas
quando se olha apenas a forma e se toma a alegoria pela realidade. Compreendei
bem isso e guardai-o: é de aplicação geral.
– Os Espíritos imperfeitos são instrumentos que servem para pôr à
prova a fé e a constância dos homens na prática do bem. Vós, como
Espíritos, deveis progredir na ciência do infinito, e por isso passais pelas
provas do mal para atingir o bem. Nossa missão é vos colocar no bom
caminho e, quando as más influências agem sobre vós, é que as atraístes
pelo desejo do mal, porque os Espíritos inferiores vêm vos auxiliar no mal,
quando tendes a vontade de praticá-lo; eles não podem vos ajudar no mal
senão quando quereis o mal.
Se sois inclinados ao homicídio, pois bem! Tereis uma multidão de
Espíritos que alimentarão esse pensamento em vós. Mas tereis também
outros Espíritos que se empenharão para vos influenciar ao bem, o que faz
restabelecer o equilíbrio e vos deixa o comando dos vossos atos.
467 Pode o homem se libertar da influência dos Espíritos que
procuram arrastá-lo ao mal?
– Sim, porque apenas se ligam àqueles que os solicitam por seus
desejos ou os atraem pelos seus pensamentos.
468 Os Espíritos cuja influência é repelida pela vontade do homem
renunciam às suas tentativas?
– O que quereis que façam? Quando não há nada a fazer, desistem
da tentativa; entretanto, aguardam o momento favorável, como o gato espreita
o rato.
469 Como se pode neutralizar a influência dos maus Espíritos?
– Fazendo o bem e colocando toda a confiança em Deus, repelis a
influência dos Espíritos inferiores e anulais o domínio que querem ter
sobre vós. Evitai escutar as sugestões dos Espíritos que vos inspiram maus
pensamentos, sopram a discórdia e excitam todas as más paixões. Desconfiai,
especialmente, daqueles que exaltam o vosso orgulho, porque
vos conquistam pela fraqueza. Eis por que Jesus nos ensinou a dizer na
oração dominical: “Senhor, não nos deixeis cair em tentação, mas livrainos
do mal!”
470 Os Espíritos que procuram nos induzir ao mal e colocam assim
à prova nossa firmeza no bem receberam a missão de fazê-lo? E se é
uma missão, têm responsabilidade por isso?
– Nenhum Espírito recebe a missão de fazer o mal. Quando o faz, é de
sua própria vontade e sofre as conseqüências. Deus pode deixá-lo fazer isso
para vos pôr à prova, mas não ordena que o faça, e cabe a vós rejeitá-lo.
471 Quando experimentamos um sentimento de angústia, de ansiedade
indefinível ou de satisfação interior sem causa conhecida,
isso decorre unicamente de uma disposição física?
– São quase sempre, de fato, comunicações que tendes inconscientemente
com os Espíritos, ou que tivestes com eles durante o sono.
472 Os Espíritos que querem nos induzir ao mal apenas se
aproveitam das circunstâncias ou podem também criá-las?
– Aproveitam as circunstâncias, mas freqüentemente as provocam,
oferecendo-vos ou levando-vos inconscientemente ao objeto de vossa
cobiça. Assim, por exemplo, um homem encontra no caminho uma quantia
de dinheiro; não acrediteis que os Espíritos levaram o dinheiro para
esse lugar, mas podem dar ao homem o pensamento de se dirigir a esse
ponto e, então, sugerir o pensamento de se apoderar dele, enquanto outros
lhe sugerem o de restituir o dinheiro a quem pertence. O mesmo
acontece com todas as outras tentações.
POSSESSOS
473 Um Espírito pode momentaneamente entrar no corpo de uma
pessoa viva, isto é, se introduzir num corpo animado e agir no lugar
daquele que está encarnado?
– O Espírito não entra num corpo como entrais numa casa. Ele se
identifica com um Espírito encarnado que tem os mesmos defeitos e as
mesmas qualidades para agir conjuntamente; mas é sempre o Espírito
encarnado que age como quer, sobre a matéria em que está. Um Espírito
não pode substituir o que está encarnado, porque o Espírito e o corpo
estão ligados até o tempo marcado para o fim da existência material.
474 Se não há possessão propriamente dita, ou seja, coabitação
de dois Espíritos num mesmo corpo, a alma pode se encontrar na dependência
de outro Espírito, de maneira a estar por ele subjugada ou
obsediada, a ponto de sua vontade ficar, de algum modo, paralisada?
– Sim, e esses são os verdadeiros possessos. Mas é preciso entender
que essa dominação nunca ocorre sem a participação daquele que a
sofre,seja por sua fraqueza, seja por seu desejo. Têm-se tomado freqüentemente
por possessos os epilépticos ou os loucos, que têm mais
necessidade de médico do que de exorcismo.
475 Pode-se por si mesmo afastar os maus Espíritos e se libertar
de sua dominação?
– Sempre se pode libertar de um domínio quando se tem vontade firme.
476 Poderá acontecer que a fascinação exercida pelo mau Espírito
seja tal que a pessoa subjugada não se aperceba disso? Então,
uma terceira pessoa pode fazer cessar essa influência e, nesse caso,
que condições ela deve ter?
– Se é um homem de bem, sua vontade pode ajudar ao pedir a cooperação
dos bons Espíritos, porque quanto mais se é um homem de bem,
mais se tem poder sobre os Espíritos imperfeitos para afastá-los e sobre
os bons Espíritos para atraí-los. Entretanto, resultará inútil qualquer tentativa
se aquele que está subjugado não consentir nisso. Há pessoas que
gostam de sentir uma dependência que satisfaça seus gostos e seus desejos.
Em qualquer caso, aquele cujo coração não é puro não pode fazer
nada; os bons Espíritos o desprezam e os maus não o temem.
477 As fórmulas de exorcismo têm alguma eficácia sobre os maus
Espíritos?
– Não; quando esses Espíritos vêem alguém levá-las a sério, riem e
se tornam birrentos, teimosos.
478 Existem pessoas que, embora tenham boas intenções, não
são menos obsediadas; qual o melhor meio de se livrar dos Espíritos
obsessores?
– Cansar sua paciência, não ligar para suas sugestões, mostrar-lhes
que perdem seu tempo; então, quando vêem que nada mais têm a fazer,
se afastam.
479 A prece é um meio eficaz para curar a obsessão?
– A prece é em tudo um poderoso auxílio. Mas, acreditai, não basta
murmurar algumas palavras para obter o que se deseja. Deus assiste aqueles
que agem e não aqueles que se limitam a pedir. É preciso que o
obsediado faça, por seu lado, o necessário para destruir em si mesmo a
causa que atrai os maus Espíritos.
480 O que pensar da expulsão dos demônios de que fala o Evangelho?
– Isso depende da interpretação. Se chamais de demônio um Espírito
mau que subjuga um indivíduo, quando sua influência for destruída terá
sido verdadeiramente expulso. Se atribuís a causa de uma doença ao
demônio, quando curardes a doença também direis que expulsastes o
demônio. Uma coisa pode ser verdadeira ou falsa de acordo com o sentido
que se der às palavras. As maiores verdades podem parecer absurdas
quando se olha apenas a forma e se toma a alegoria pela realidade. Compreendei
bem isso e guardai-o: é de aplicação geral.
domingo, 15 de novembro de 2009
Serie de perguntas e respostas n31
451 Por que a dupla vista parece ser hereditária em certas famílias?
– Semelhança dos organismos que se transmite como as outras qualidades
físicas. Além disso, a faculdade se desenvolve por uma espécie
de educação que também se transmite de um para outro.
452 É certo que algumas circunstâncias provocam o desenvolvimento
da dupla vista?
– Sim. A doença, a expectativa de um perigo, uma grande comoção
podem desenvolvê-la. O corpo está algumas vezes num estado incomum,
especial, que permite ao Espírito ver o que não podeis ver com os olhos
do corpo.
453 As pessoas dotadas da dupla vista têm sempre consciência
disso?
– Nem sempre. Para elas é uma coisa totalmente natural, e muitos
acreditam que, se todas as pessoas observassem o que se passa consigo
mesmas, deveriam ser como eles.
454 Poderíamos atribuir a uma espécie de dupla vista a perspicácia
de certas pessoas que, sem nada terem de extraordinário, julgam
as coisas com mais precisão do que as outras?
– É sempre a alma que irradia mais livremente e julga melhor que sob
o véu da matéria.
454 a Essa faculdade pode, em certos casos, dar a previsão das
coisas?
– Sim, e também os pressentimentos, porque existem vários graus
nessa faculdade, e a mesma pessoa pode ter todos os graus ou apenas
alguns.
456 Os Espíritos vêem tudo o que fazemos?
– Eles podem ver, porque vos rodeiam incessantemente. Cada um vê
apenas as coisas sobre as quais dirige sua atenção. Não se preocupam
com o que lhes é indiferente.
457 Os Espíritos podem conhecer nossos mais secretos pensamentos?
– Freqüentemente conhecem o que gostaríeis de esconder de vós
mesmos. Nem atos, nem pensamentos lhes podem ser ocultados.
457 a Assim, é mais fácil esconder uma coisa de uma pessoa
viva do que fazer isso a essa mesma pessoa após a morte?
– Certamente, e, quando acreditais estarem bem escondidos, tendes
muitas vezes uma multidão de Espíritos ao vosso lado que vos observam.
458 O que pensam de nós os Espíritos que estão ao nosso redor
e nos observam?
– Isso depende. Os Espíritos levianos riem dos pequenos aborrecimentos
que vos causam e zombam de vossas impaciências. Os Espíritos
sérios lamentam vossos defeitos e se empenham em vos ajudar.
INFLUÊNCIA OCULTA DOS ESPÍRITOS SOBRE
NOSSOS PENSAMENTOS E NOSSAS AÇÕES
459 Os Espíritos influem sobre nossos pensamentos e ações?
– A esse respeito, sua influência é maior do que podeis imaginar. Muitas
vezes são eles que vos dirigem.
460 Temos pensamentos próprios e outros que são sugeridos?
– Vossa alma é um Espírito que pensa; não ignorais que muitos pensamentos
vos ocorrem às vezes ao mesmo tempo sobre um mesmo
assunto e freqüentemente bastante contrários uns aos outros; pois bem,
nesses pensamentos há sempre os vossos e os nossos. Isso vos coloca
na incerteza, porque, então, tendes duas idéias que se combatem.
461 Como distinguir os pensamentos próprios daqueles que são
sugeridos?
– Quando um pensamento é sugerido, é como uma voz falando. Os
pensamentos próprios são em geral os do primeiro momento. Além de
tudo, não há para vós um grande interesse nessa distinção e muitas vezes
é útil não sabê-lo: o homem age mais livremente. Se decidir pelo bem, o
faz voluntariamente; se tomar o mau caminho, há nisso apenas maior responsabilidade.
462 Os homens de inteligência e de gênio tiram suas idéias de
sua natureza íntima?
– Algumas vezes as idéias vêm de seu próprio Espírito, mas freqüentemente
são sugeridas por outros Espíritos que os julgam capazes de
compreendê-las e dignos de transmiti-las. Quando não as encontram em
si, apelam à inspiração. Fazem, assim, uma evocação sem o suspeitar.
463 Diz-se, a respeito do pensamento, que o primeiro impulso é
sempre bom; isso é exato?
– Pode ser bom ou mau, de acordo com a natureza do Espírito encarnado
que o recebe. É sempre bom para aquele que ouve as boas
inspirações.
464 Como distinguir se um pensamento sugerido vem de um bom
ou de um mau Espírito?
– Estudai o caso. Os bons Espíritos apenas aconselham o bem; cabe
a vós fazer a distinção.
465 Com que objetivo os Espíritos imperfeitos nos conduzem ao
mal?
– Para vos fazer sofrer como eles.
465 a Isso diminui seus sofrimentos?
– Não, mas fazem isso por inveja, por saber que há seres mais felizes.
465 b Que natureza de sofrimentos querem impor aos outros?
– Os mesmos que sentem os Espíritos inferiores afastados de Deus.
– Semelhança dos organismos que se transmite como as outras qualidades
físicas. Além disso, a faculdade se desenvolve por uma espécie
de educação que também se transmite de um para outro.
452 É certo que algumas circunstâncias provocam o desenvolvimento
da dupla vista?
– Sim. A doença, a expectativa de um perigo, uma grande comoção
podem desenvolvê-la. O corpo está algumas vezes num estado incomum,
especial, que permite ao Espírito ver o que não podeis ver com os olhos
do corpo.
453 As pessoas dotadas da dupla vista têm sempre consciência
disso?
– Nem sempre. Para elas é uma coisa totalmente natural, e muitos
acreditam que, se todas as pessoas observassem o que se passa consigo
mesmas, deveriam ser como eles.
454 Poderíamos atribuir a uma espécie de dupla vista a perspicácia
de certas pessoas que, sem nada terem de extraordinário, julgam
as coisas com mais precisão do que as outras?
– É sempre a alma que irradia mais livremente e julga melhor que sob
o véu da matéria.
454 a Essa faculdade pode, em certos casos, dar a previsão das
coisas?
– Sim, e também os pressentimentos, porque existem vários graus
nessa faculdade, e a mesma pessoa pode ter todos os graus ou apenas
alguns.
456 Os Espíritos vêem tudo o que fazemos?
– Eles podem ver, porque vos rodeiam incessantemente. Cada um vê
apenas as coisas sobre as quais dirige sua atenção. Não se preocupam
com o que lhes é indiferente.
457 Os Espíritos podem conhecer nossos mais secretos pensamentos?
– Freqüentemente conhecem o que gostaríeis de esconder de vós
mesmos. Nem atos, nem pensamentos lhes podem ser ocultados.
457 a Assim, é mais fácil esconder uma coisa de uma pessoa
viva do que fazer isso a essa mesma pessoa após a morte?
– Certamente, e, quando acreditais estarem bem escondidos, tendes
muitas vezes uma multidão de Espíritos ao vosso lado que vos observam.
458 O que pensam de nós os Espíritos que estão ao nosso redor
e nos observam?
– Isso depende. Os Espíritos levianos riem dos pequenos aborrecimentos
que vos causam e zombam de vossas impaciências. Os Espíritos
sérios lamentam vossos defeitos e se empenham em vos ajudar.
INFLUÊNCIA OCULTA DOS ESPÍRITOS SOBRE
NOSSOS PENSAMENTOS E NOSSAS AÇÕES
459 Os Espíritos influem sobre nossos pensamentos e ações?
– A esse respeito, sua influência é maior do que podeis imaginar. Muitas
vezes são eles que vos dirigem.
460 Temos pensamentos próprios e outros que são sugeridos?
– Vossa alma é um Espírito que pensa; não ignorais que muitos pensamentos
vos ocorrem às vezes ao mesmo tempo sobre um mesmo
assunto e freqüentemente bastante contrários uns aos outros; pois bem,
nesses pensamentos há sempre os vossos e os nossos. Isso vos coloca
na incerteza, porque, então, tendes duas idéias que se combatem.
461 Como distinguir os pensamentos próprios daqueles que são
sugeridos?
– Quando um pensamento é sugerido, é como uma voz falando. Os
pensamentos próprios são em geral os do primeiro momento. Além de
tudo, não há para vós um grande interesse nessa distinção e muitas vezes
é útil não sabê-lo: o homem age mais livremente. Se decidir pelo bem, o
faz voluntariamente; se tomar o mau caminho, há nisso apenas maior responsabilidade.
462 Os homens de inteligência e de gênio tiram suas idéias de
sua natureza íntima?
– Algumas vezes as idéias vêm de seu próprio Espírito, mas freqüentemente
são sugeridas por outros Espíritos que os julgam capazes de
compreendê-las e dignos de transmiti-las. Quando não as encontram em
si, apelam à inspiração. Fazem, assim, uma evocação sem o suspeitar.
463 Diz-se, a respeito do pensamento, que o primeiro impulso é
sempre bom; isso é exato?
– Pode ser bom ou mau, de acordo com a natureza do Espírito encarnado
que o recebe. É sempre bom para aquele que ouve as boas
inspirações.
464 Como distinguir se um pensamento sugerido vem de um bom
ou de um mau Espírito?
– Estudai o caso. Os bons Espíritos apenas aconselham o bem; cabe
a vós fazer a distinção.
465 Com que objetivo os Espíritos imperfeitos nos conduzem ao
mal?
– Para vos fazer sofrer como eles.
465 a Isso diminui seus sofrimentos?
– Não, mas fazem isso por inveja, por saber que há seres mais felizes.
465 b Que natureza de sofrimentos querem impor aos outros?
– Os mesmos que sentem os Espíritos inferiores afastados de Deus.
Assinar:
Postagens (Atom)